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Melancolia

por do sol

Melancolia não é uma palavra que circula com facilidade em nossos lábios. Não fofocamos sobre o quão melancólico é o novo diretor de TI da empresa ou listamos os lugares mais indutores a melancolia, como uma praia chuvosa ou uma solitária manhã congelante de geada nas montanhas.

No entanto, deveríamos prestar mais atenção na melancolia e até mesmo procurá-la de tempos em tempos.

Melancolia é uma espécie de tristeza que chega até nos quando nos abrimos ao fato de que a vida é inerentemente difícil e que o sofrimento e a decepção são partes fundamentais da experiência de vida, de maneira universal. Não é uma doença que precisa ser curada.

A sociedade moderna tende a enfatizar a felicidade e a alegria. Mas temos que admitir que a realidade é feita em sua maior parte de dor e perda. Uma vida boa não é imune à tristeza e o sofrimento contribui diretamente para nosso desenvolvimento.

Às vezes você se sente triste e não consegue nem mesmo saber o porquê. Não é por um motivo específico que sente esta dor aguda. Você se sente de uma forma como se toda a sua vida estivesse pedindo lágrimas.

Melancolia é um estado mental chave e é um dos mais valiosos pois liga a dor à sabedoria e a beleza. Nosso sofrimento não é meramente caótico – a marca de uma falha ou um erro – ele pode ser conectado à coisas admiráveis. Com frequência, a tristeza pode simplesmente fazer todo o sentido.

Sentimos melancolia quando consideramos:
1 – As coisas que amamos são transitórias
Ontem nunca irá voltar. Todos os dias damos um passo para mais perto da morte. As pessoas que nos cuidaram quando éramos crianças ou mais jovens, estão se tornando velhos. Estaremos seguindo pelo mesmo caminho e declinaremos também em breve.

2 – As verdades mais escuras da condição humana
Ninguém verdadeiramente entende ninguém, a solidão é básica e universal. Toda vida tem sua medida de vergonha e tristeza. Passamos nossas vidas lutando por coisas que a maioria não consegue – e se conseguimos, rapidamente ficamos desapontados.
Crescemos, nos deparamos com problemas com dinheiro, dificuldades em construir nossas carreiras, vícios, conflitos políticos, doenças e frustações em relacionamentos.
Por fim, nada que façamos importa. Nossas vidas – nossos amores e preocupações, nossos sofrimentos e nossos triunfos – todos serão levados apagados pelo tempo.
3 – Arrependimentos
Todas as coisas que você deveria ter dito para sua avó antes de sua morte. Nós aprendemos muito tarde. Você desperdiçou anos. Todos nós temos desperdiçado. Você só pode evitar o arrependimento se desligar sua imaginação, recusando-se a considerar como as coisas poderiam ter sido.
4 – As contradições de estar vivo
Muitas das coisas que mais desejamos estão em conflito: se sentir seguro, mas também livre; ter dinheiro mas não ter de ser escravo do salário; estar em comunidade mas não ser sufocado pelas expectativas e demandas dos outros; viajar e explorar o mundo e ainda assim fincar raízes; atender nosso apetite por comida, bebida, sexo e preguiça de ficar no sofá e ao mesmo tempo estar magro, sóbrio, fiel e saudável.
A sabedoria da atitude da melancolia (em oposição ao amargo ou o raivoso) encontra-se no entendimento que a tristeza não é só sobre você, que você não foi jogado fora, mas que seu sofrimento pertence à humanidade em geral. Muitas vezes nossos sofrimentos são egocêntricos, nós os vemos como infortúnios especiais que vem em nossa direção. A melancolia rejeita isso. Tem uma visão muito mais aberta, muito menos pessoal. Muito daquilo que é doloroso e triste em nossas vidas pode remeter a coisas gerais sobre a vida: sua brevidade; o fato de que não podemos perder oportunidades, as contradições do desejo e a auto-gestão. Tais coisas se aplicam a todos, então a melancolia é generosa. Você sente essa tristeza pelos outros também, por “nós”. Você sente pena da condição humana.
Sentir essa pena da condição humana nos faz pessoa melhores. Isso faz com que nossa expectativa sobre a conduta humana seja mais precisa. Quem quer que esteja comigo sofrerá das mesmas dificuldades que eu, em geral. Não é de se supreender se eles sairem um pouco dos trilhos, se mentirem de vez em quando, se mudarem de ideia sem nenhuma razão (ou se recusarem a mudar de ideia mesmo quando se há uma boa razão). Nós somos melancólicos quando entendemos que há problemas profundos essencialmente ligados a sermos humanos. E para levar isso para dentro do coração é necessário ser mais compassivo.
Religiões têm sido advogadas da melancolia. A publicação cristã “The book of Common Prayer” apresenta uma declaração a ser recitada em funerais:

“Homem nascido de uma mulher tem pouco tempo para viver e é cheio de misérias. Cresce e é cortado, como uma flor. Em meio à vida, estamos na morte.”

Desperta um pensamento melancólico universal… No funeral de um ente querido, não estamos apenas testemunhando a passagem de uma vida, somos convidados a ver um ao outro – e nós mesmos – como animais mortos . Isso não deve nos fazer desesperados, mas sim mais tolerantes, mais amáveis e mais capazes de nos concentrar no que realmente importa, enquanto ainda há tempo.

Texto original em: http://www.thebookoflife.org/in-praise-of-melancholy/

Paula Maria é Psicóloga, terapeuta formativa e escritora. Confeiteira e bordadeira, paciente e brava. Capixaba, 28 anos. Em busca do seu caminho e de tentar ajudar a fazer um mundo melhor.

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Opinião

Quem não perdoa está perdendo

Dente-de-Leão
Dente-de-Leão

Aquele que não pode perdoar destrói a ponte sobre a qual ele mesmo deve passar. Geoge Herbert

Vai por mim, Luluzinha: Quanto mais difícil for o perdão, maior a sua evolução por conseguir liberá-lo na vida de alguém.

Perdoar não é fácil. A gente machuca e se machuca o tempo todo. Parece que faz parte da nossa natureza imperfeita, faz parte da nossa humanidade esse constante ato de errar.

Sabe qual é o grande problema? É que para cada perdão contido você tem uma mágoa fazendo looping no seu coração. Quando a gente não desapega da dor, acaba revivendo tudo de novo e de novo e de novo.

Pare agora com este ciclo!

O dia em que eu deixei tudo para trás

Meus pais separaram-se quando eu tinha 6 anos e desde então eu cultivei muita mágoa do meu pai pelo destino que me foi negado.

Culpava meu pai por não ter a presença dele, pela falta de grana, por não ter estudado em uma escola melhor, por ter sido privada do conhecimento dele que teria me transformado num adulto totalmente diferente.

Culpava meu pai por ter sido covarde, por não ter me levado para morar com ele, por ter tido outros filhos, por não ter cumprido nenhuma das promessas que me fez na vida, por não me proteger, por não estar lá e por um sem fim de possibilidades na minha linha do tempo que dependiam dele.

Demorou mais de 20 anos para eu entender que meu pai era apenas um humano como qualquer outro. Quando eu voltei a conviver com ele, pude entender que não era desamor, longe disso, mas era o máximo que ele poderia fazer do jeito que ele é.

Soube do quanto chorou por mim, do quanto se preocupou (do jeito dele) e do quanto acreditou realmente que esteve fazendo a coisa certa.

Quando eu entendi que somos todos humanos e que todos nós temos limitações, foi mais fácil perdoar.

O perdão é deixar as mágoas para trás e seguir adiante.

É viver olhando para frente!

Perdoar é Libertar

Não importa qual é a sua crença, perdoar é libertação sempre.

Quanto tempo faz que aquela mágoa aconteceu? Será que aquela situação poderia ter acontecido diferente? Será que você esperava de alguém um comportamento que a pessoa não estava pronta para te dar? Será que tudo foi um desencontro de expectativas?

E a proporção dos problemas? Será que é tão grave assim? Será que vale mais a pena estar certo ou ser feliz?

Estas são algumas perguntas que a gente precisa se fazer constantemente.

Pedir perdão é crescimento

E como você é pura humanidade, certamente causou mágoas aos outros também. Tire da cabeça este lance de que pedir desculpas é se rebaixar. Pedir desculpas é sinal de crescimento. Reconhecer suas falhas é oportunidade de evoluir como pessoa.

Então aproveite e faça uma lista de pessoas com quem você não fala mais e crie um planejamento para pedir desculpas. A estratégia vai de caso para caso e a internet facilita muito nisto. Dá para resolver por e-mail? Resolva! Se exigir mais de você, se dê ao trabalho e aceite como parte do preço pela mágoa causada.

Faça a sua parte e esteja pronto para fracassar

Nem sempre teremos um final feliz nas reconciliações. Não espere zerar tudo e também não se obrigue a relacionar-se com alguém mesmo depois do perdão. Você não precisa repetir padrões ou manter por perto pessoas que não fazem bem a sua vida, mas você é 100% responsável pelas suas atitudes. Você pode perdoar, você pode pedir perdão. O que o outro vai fazer já não é algo que você possa controlar e muitas vezes a contrapartida é bem injusta.

Prepare-se para fracassar, mas tenha em mente que fazer sua parte já vai te fazer sentir muito melhor. <3

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O LuluzinhaCampRJ #9 vem aí

Glória Celeste e Heloisa Paula

 A 9ª edição do Luluzinha Camp RJ será 13 de dezembro, a partir das 14 horas em Ipanema! Como vocês sabem o grupo está em uma nova fase, agitando novos encontros em várias cidades, e o Rio não poderia ficar de fora.

Este evento foi organizado colaborativamente pelas Lulus do Rio desde outubro. A programação contará com oficinas, bate-papos e palestras de 30 a 40 minutos cada, bazar de trocas, e, é claro, muito networking. Para acompanhar o evento ou divulgá-lo nas suas redes, use a hashtag #LuluzinhaCampRJ.

Programação: 

  • A Denise Rangel promoverá uma Roda de Leitura. (sorteio entre as participantes: uma sessão de Reiki Tradicional )
  • A Stella ministrará uma Oficina de Cupcakes de Natal.
  • Coffee Break.
  • A Claudia Sardinha vai ensinar sobre Tratamento de Imagens no Celular.
  • A palestra da Renata Corrêa se chama Escrevendo Ficção.
  • E a Carla San vai explicar O que o Estilo pode fazer por você

O que trazer:

  • 1 prato doce ou salgado para o lanche coletivo (indispensável)
  • Sua caneca ou copo reutilizável
  • Vontade de trocar experiências (indispensável)
  • 1 refrigerante ou suco (opcional)
  • Peças em bom estado para o bazar de trocas. Pode ser bolsa, roupa, livro, bijoux, maquiagem… As Lulus veteranas explicarão como funciona na hora. (opcional)

 

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Inscreva-se! Preencha o formulário e depois

Basta trazer um prato para o lanche coletivo e R$20,00 (vinte reais).

O valor das inscrições cobrirá o aluguel do espaço, e os ingredientes da oficina de cupcakes. Precisamos de no mínimo 10 participantes, e o espaço acomoda até 30 pessoas. Envie o comprovante de pagamento antecipado para natunorio@gmail.com

Depósito na conta da Ana Carolina A. Camargo

Banco do Brasil    CC 9518-4 Ag. 4010-X

CPF 315.161.058.77

 

Como participar do grupo LuluzinhaCamp Rio:

 

Local e horário:

Dia 13 de dezembro (sábado), das 14h às 18h30.

Conference Room do Tiffany’s Residence Service

Rua Prudente de Morais, 302

(Próximo à estação General Osório)

No espaço há wifi, geladeira, cooktop e jardim de inverno.

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Reciclagem de embalagens – TAGs Personalizadas

Olá meninas!

Aqui é a Gabi e hoje darei uma alternativa de reciclagem para as embalagens de cereal, ração, panetone, entre outras embalagens de papelão que sempre acabamos tendo em casa.

Muitas vezes, quando queremos presentear alguém e não temos tempo de comprar um cartão, ou quando queremos identificar algum item de nossas casas, as TAGS podem ser alternativas bonitas e baratas.

Vamos ao vídeo com o passo a passo para entendermos melhor o que estou falando:

Vídeo em alta resolução.

 

Detalhes em fotos:

TAG Reciclada Gaborin Gaboriela Luluzinha CAMP (1)

Essas são algumas das TAGs que criei para essa postagem . São ideias que tod@s podem usar para criar. Contudo, nada disso é regra! O gostoso do artesanato é justamente poder criar livremente a partir de uma ideia dada.

TAG Reciclada Gaborin Gaboriela Luluzinha CAMP (2)

A TAG redondinha foi a que mais gostei. A carimbeira pode ser substituída por canetinha aquarelável, como mostro nesse vídeo aqui.

TAG Reciclada Gaborin Gaboriela Luluzinha CAMP (3)

Qualquer formato de flor e qualquer desenho ficam lindos. O importante é fazer.

TAG Reciclada Gaborin Gaboriela Luluzinha CAMP (4)

Para quem gosta de algo um pouco mais prático, recomendo a criação de marcadores de livro. São lindos e cada livro pode ter seu próprio marcador!

Tá vendo como é fácil reciclar caixas de embalagens de maneira prática, linda e muito baratinha????

Espero que tod@s tenham gostado!

Um grande beijo e força na tesoura!

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5 passeios gratuitos em Nova Iorque

Faz alguns meses que estou morando em Nova Iorque e confesso que estou surpresa com a quantidade de passeios gostosos que dá pra fazer na cidade sem gastar um centavo. Para quem está vindo conhecer, os cinco lugares que recomendo e considero imperdíveis são:

 

1) Brooklyn Bridge

A ponte do Brooklyn é linda e leva apenas uns vinte minutos para atravessar a pé. Para quem gosta de fotografia, é um passeio que rende imagens bonitas tanto durante o dia como durante a noite. Minha sugestão é ir no fim da tarde, logo antes do pôr-do-sol, e esperar um pouquinho para ver as primeiras luzes dos prédios se acendendo quando a noite cair.

Não esqueça de ir com sapatos confortáveis pra caminhada e de levar roupas apropriadas pra enfrentar um pouquinho mais de frio por conta do vento lá em cima. E fique atento com a pista exclusiva para ciclistas: não pare para tirar fotos no meio do caminho deles!

Para atravessar, você pode começar o percurso no Brooklyn e ir até Manhattan, ou fazer o contrário: começar em Manhattan e caminhar até o Brooklyn. Se você tiver tempo livre após esse passeio, sugiro começar em Manhattan e emendar com o item 2 dessa lista, logo abaixo.

 

2) Brooklyn Bridge Park

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É meu parque preferido na cidade. Não tem a imensidão do Central Park, mas é aconchegante e proporciona uma vista linda da skyline de Manhattan. Os gramados são perfeitos para um piquenique e no Pier 1 tem até algumas mesinhas com cadeiras se você não gosta de sentar no chão. Para quem quiser ir além do piquenique, tem churrasqueiras no Pier 5 que podem ser usadas sem nenhum custo: só trazer a sua comida, carvão e o que mais você for precisar.

Para quem vai com crianças, tem um carrossel (pago) na área do Empire Fulton Ferry. Você pode conferir o mapa e a programação de eventos (no verão acontecem vários shows!) no site oficial do parque: http://www.brooklynbridgepark.org/pages/map

 

3) The High Line

É um parque público construído em uma linha de trem elevada que foi desativada, na região do Chelsea em Manhattan. Tem vários lugares pra você sentar e ler um livro, comer um lanche ou simplesmente descansar. A vista da cidade é bonita e normalmente tem algumas exibições artísticas e eventos.

Verifique os horários de funcionamento antes de visitar (muda de acordo com a estação): https://www.thehighline.org/visit

Para conferir a programação de eventos: https://www.thehighline.org/activities

É um passeio que dá pra emendar com o item 4, pois ficam bem próximos.

 

4) Chelsea Market

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É um mercado com frutas, verduras, temperos, vinhos e alguns itens pra casa. Vale a pena a visita, nem que seja pra um passeio rápido, pois ele é todo arrumadinho e tem alguns itens que vão dar água na boca.

Confira o horário de funcionamento no site: http://www.chelseamarket.com

 

5) Lincoln Center & Target Free Thursdays

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O Lincoln Center é um complexo de teatros e salões, sede de várias companhias artísticas, que ocupa mais de uma quadra inteira em Manhattan. O passeio pelo exterior já vale a pena, pois é um local muito bonito, e as escadas iluminadas são encantadoras à noite.

Nas quintas-feiras, a loja Target patrocina uma programação cultural no David Rubenstein Atrium, sempre às 19h30. Chegue um pouquinho antes pra garantir um lugar pra sentar!

Confira a programação (e verifique o endereço para entrada, pois é fácil se perder no complexo) no site deles: http://atrium.lincolncenter.org/index.html#calendar