Em meio a uma epidemia mundial de Covid-19, podemos ser obrigadas a praticar o isolamento social. Não precisamos, entretanto, nos distanciar do que nos alimenta a alma. O distanciamento parece estar mudando nossos hábitos e nossas prioridades. Temos necessidade de preencher este tempo em casa com algo produtivo e reconfortante.
Fizemos o primeiro LuluzinhaCamp Digital! Isso é histórico!
Em nosso mundo de distanciamento social, o sorriso é a maneira como podemos enviar abraços. Então, a Gabi Butcher propôs, e a gente decidiu se abraçar virtualmente, na plataforma Meet, fechada com senha (obrigada, Lu Soldi), na sexta-feira, dia 15 de maio, às 20h de Brasília.
Nossa querida Lu Freitas definiu bem o sentimento sobre esse encontro inédito:
“Somos gratas por suas histórias, suas falas, seus silêncios. Gratas pelos carinhos, pelas acolhidas, pelas vidas. Gratidão por podermos estar juntas nesses últimos 12 anos. E que venham mais 12. Ou 20. Ou uma eternidade.
O importante é estarmos juntas, conversando, sorrindo, mostrando nossos filhos, gatos, cachorros, taça de vinho, cerveja ou água.”
“O que compartilhamos é ancestral. Mulheres, no patriarcado, em busca de seus próprios caminhos, vozes, vidas, descrições, negócios. Fazendo encontros, desenvolvendo forças, expressando desejos. Sendo mães, cansadas, angustiadas, friorentas … não importa. Importa o espaço seguro para SER.
Isso é importante. Sempre foi.”
“Obrigada, Gabi Butcher, por ter provocado. Obrigada a todas por levarem essa chama feminina adiante. Fomos 17 nesse primeiro encontro; daqui a pouco seremos muitas? Já somos.”
Adoramos ter ficado pertinho, mesmo longe. E somos gratas pela presença de cada uma que teve a oportunidade de participar desse encontro memorável.
Esperamos que esta experiência virtual ultrapasse a quarentena e que, breve, possamos nos abraçar pessoalmente.
Enquanto isso, já estamos preparando um novo encontro. Ainda através de uma plataforma digital, com a nova mentalidade da “xícara virtual” de café, ou vinho, ou água.
Que ainda sejamos capazes de sorrir, de nos encontrar, nesta época de tanta desesperança, e enviar abraços e beijos a quem amamos.
É impossível ignorar a sensação de descrédito no Brasil com relação à política e às eleições deste ano. Buscando uma melhora desse cenário, domingo (dia 19), acontece na Casa Baixo Augusta em São Paulo o inédito FESTIVOTE 2018. O festival terá uma tarde inteira de palestras, vivências e oficinas apresentadas por iniciativas da sociedade civil que têm como objetivo melhorar a democracia brasileira e, ainda dá tempo, as eleições de outubro. O evento é gratuito. Para participar, é necessário se inscrever através do link: http://bit.ly/Inscricao-FestiVote
A sociedade civil brasileira tem criado iniciativas relevantes para melhorar a experiência do cidadão, no exercício de seu papel enquanto eleitor, com o objetivo de qualificar a corrida eleitoral em seus mais diversos aspectos. O FESTIVOTE irá reunir essas ações. Vale destacar que se serão apresentadas apenas iniciativas idealizadas e executadas por organizações da sociedade civil. Ou seja, não será palanque para candidatos(as) ou partidos, nem para qualquer outro tipo de interesse privado. O foco é a utilidade pública, a garantia de que cada um(a) de nós encontre inspiração para mudar a forma de encarar a política, as eleições e este momento decisivo no Brasil.
O LuluzinhaCamp emparceirou com o projeto ElaCandidata. Nossa grande plataforma em 2018 será mulher vota em mulher. Principalmente para as casas legislativas. Precisamos de mulheres quebrando o domínio homem, cis, branco e velho fazendo leis que não nos protegem, não nos favorecem e ainda nos levam de volta ao início do século XX (quando não tínhamos nem direito a voto, vale lembrar).
Somos 52% do eleitorado. Somos quem vai definir a eleição. Vamos nos informar e garantir uma democracia forte e diversa.
Abaixo, um pouco do que vai estar na programação:
14h30 – A era dos matches: como encontrar os candidatos(as) dos seus sonhos [RODA DE CONVERSA]
Bússola Eleitoral
Voz Ativa
#Merepresenta
#TemMeuVoto
15h – Quem não está lá: a representatividade através do voto [PAINEL]
Blogueiras Negras
Gênero e Número
#VoteLGBT
#VoteNelas
15h30 – De olho nas leis: o papel dos cidadãos no monitoramento do legislativo [RODA DE CONVERSA]
O poder do voto
Painel do Legislativo
16h30 – Prometeu tem que cumprir! Estratégias para demandar compromissos dos candidatos [RODA DE CONVERSA]
Plataforma Brasileira de Política de Drogas
#NãoValeTudo
Unidos Contra a Corrupção
Desenvolvimento para Sempre
17h20 – Contra dados não há argumentos: o combate à desinformação [PAINEL]
Eleições sem Truque
Comprova
Você na Mira
17h30 – Eleições e partidos: reformas para aprofundar a democracia [RODA DE CONVERSA]
Plataforma dos movimentos sociais pela reforma do sistema político
Local: Casa do Baixo Augusta, Rua Rêgo Freitas, 553, República, São Paulo.
Sobre o Pacto pela Democracia
O Pacto pela Democracia é uma iniciativa da sociedade civil brasileira voltada à defesa da preservação e do revigoramento da vida política e democrática no país. Formado a partir da ação de um arco amplo e plural de 73 organizações atualmente, movimentos e atores comprometidos com esse objetivo fundamental, o Pacto busca afirmar um espaço comum para a expressão desse compromisso por todos identificados com ele. Também para a soma de esforços para sustentá-lo e impulsioná-lo diante do momento desafiador vivido pelo país. Cidadãos, organizações e políticos podem participar. Saiba mais: www.pactopelademocracia.org.br/participe .
Sim, vocês entenderam: dia 7 de abril teremos encontrinho (ou encontrão) aqui em SP.
Desta vez será no salão do prédio da Lidi Faria, portanto, nada de endereço aberto aqui no site. A gente fará assim: você se inscreve no formulário abaixo, paga a contribuição e assim que estiver tudo confirmado, a gente te manda o endereço.
Quanto?
Nós vamos fazer diferente desta vez: cada uma paga a contribuição que quiser dentro dos seguintes valores: R$ 20,00; R$ 25,00 ou R$ 30,00.
Não é novidade nessa altura do campeonato (século 21, hellooo!!) que a sociedade e suas atividades tem gerado cada vez mais impactos no meio ambiente, porém estamos a cada dia descobrindo outros impactos que estavam debaixo do nosso nariz e ainda não tínhamos nem reconhecido.
Talvez você não tenha ouvido falar, mas em breve vai aparecer para você, seja nas mídias sociais, num programa de tv ou numa ação de alguma organização: o tema em alta é o lixo nos mares. Tá bom, não é novidade que os mares estão meio sujinhos, tá aí a Baía da Guanabara e outras localidades não tão cheirosas (mesmo assim não menos belas), as praias de São Paulo com bandeira vermelha da CETESB, e muitas outras, principalmente próximas às áreas metropolitanas.
No entanto o “lixo nos mares” que me refiro são os resíduos sólidos, que não é líquido nem solúvel, que vieram de atividades humanas. Dentre os ingredientes mais comumente encontrados no lixo marinho temos o danadinho do plástico. Sua durabilidade, leveza e flexibilidade que tanto contribuíram com as comodidades da vida moderna são o feitiço que virou contra nós.
Plástico ao mar, onde ele não deveria estar
O plástico se degrada muito mais lentamente que outros materiais como papel, vidro, metal, etc… Quando se encontra livre na natureza o plástico sofre ação dos ventos, chuvas, sol e outros, e vai se quebrando em pedaços cada vez menores. Para contribuir na aventura, o plástico pode atrair substâncias não muito interessantes, como pesticidas e outros poluentes que podem estar dissolvidos no mesmo local onde ele está, como rios, lagos e mares. Aí vem a parte que pode preocupar os amantes da culinária litorânea: muitos animais adoram comer os pedacinhos de plástico: coloridos, brilhantes, muitas vezes com cheirinho de comida (como embalagens de alimentos). Diversos animais os confundem com alimentos deliciosos e mandam ver. O resultado? Barrigas cheias de plástico, animais desnutridos que tem poucas chances de sobreviver e na maioria das vezes morrem.
Se a situação dos estoques de peixes nos oceanos já é preocupante, imagine agora que menos peixes terão a chance de crescer, se reproduzir e gerar os futuros peixinhos para nos alimentar. Outro lado preocupante é que muitos peixes dos quais nos alimentamos ou vamos nos alimentar já possuem plástico em seus estômagos, assim como organismos filtradores (ostras e mexilhões) que nesse caso a gente come inteiro, não tiramos nem o estômago. O que esse plástico causa de problemas nos animais que ingerimos? O que esse plástico que esteve na natureza sujeito a vários contaminantes oferece de risco à nossa saúde? A verdade é que ainda não se sabe a resposta dessas duas perguntas, os cientistas estão correndo para descobrir.
Mas antes de colocar o plástico como o inimigo número 1, vamos deixar algo claro: o plástico em si não é o vilão, até porque esse texto não chegaria até você sem as teclas em plástico que eu usei ou no celular com suas pecinhas plásticas que te permitiram receber aquele “bom dia” colorido de uma tia no grupo de whatsapp da família (humm, talvez tenhamos que repensar sua vilania). Sem brincadeiras, o plástico está em quase toda a parte: escovas de dente, calçados, equipamentos médicos essenciais, equipamentos tecnológicos, segurança sanitária, etc… O grande problema é quando o plástico sai do nosso controle para o ambiente marinho.
Além dos problemas mais objetivos à nossa saúde e à de muitos animais, temos outras questões que podem passar batido por um iniciante no assunto. O lixo danifica embarcações, praias estão recebendo menos turistas por causa do lixo que já está aparente, limpezas de praias geram custos aos municípios, principalmente porque o lixo pode vir de qualquer lugar do mundo pelas correntes marinhas e não para de chegar, entre vários outros problemas.
Precisamos limpar os oceanos e parar de sujá-los é um bom começo
Esses resíduos não são necessariamente jogados no mar por pura maldade e desconsideração das lindas tartarugas ou incríveis baleias, mas chegam até lá por uma série fatores que ainda não estão bem resolvidos, e isso não é só no Brasil. O problema, como adoro falar, é bem complexo, mais complexo do que uma ou duas organizações poderiam se juntar e resolver por completo. Mas que problema global hoje em dia não é complexo, né?
Por exemplo: você sabia que roupas de tecidos sintéticos soltam fibras que não ficam retidas no tratamento de esgoto? Esses fiapos plásticos, quase invisíveis ao olho nu, são uma parte do lixo marinho. O lixo que fica dando bobeira na rua (todo mundo já teve aquele momento que tentou jogar na lixeira, mas errou a pontaria e ficou com preguiça de pegar do chão e jogar de novo? Não se sinta um monstro, eu tb já fiz dessas), basta uma chuva pra cair na rede pluvial e de lá para os rios e dos rios pros mares, pronto, se tornou lixo marinho. Assim como esses caminhos existem vários outros para o lixo chegar aos mares.
Para conseguir avaliar o problema temos que olhar para nossos sistemas saneamento básico, tecnologias das indústrias, design de produtos, logística de matérias primas, educação ambiental e cidadã, isso só pra começar. Nós como cidadãos e consumidores podemos controlar o problema até certo limite, teremos que mobilizar as empresas e o governo em todas as esferas para que hajam opções de produtos que minimizem o problema e para que haja a destinação correta de todos os resíduos, só para dar alguns exemplos.
Não podemos esquecer que o lixo marinho gerado do outro lado do oceano pode vir parar na sua praia. Não vai ser suficiente resolver só em uma cidade, estado ou país. Precisaremos mostrar que a humanidade deu seus pulos na evolução civilizatória e conseguirá resolver esse problema (além de outros) de forma conjunta.
Para discutir esse assunto mais a fundo acontecerá um evento muito importante no Brasil. Entre 6 e 8 de novembro, no Rio de Janeiro, haverá o 1º Seminário Nacional sobre Combate ao Lixo no Mar. Organizado pelo Ministério do Meio Ambiente, ONU Meio Ambiente e USP para levantar informações para a construção do Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar. O evento é gratuito com inscrições limitadas: https://www.sympla.com.br/1-seminario-nacional-sobre-combate-ao-lixo-no-mar__198716 . Espera-se que haja a transmissão on-line do evento, porém ainda não temos essa confirmação.
Não deu para aprofundar muito por aqui, se fosse mais longo não ia nem dar tempo de terminar de ler, né? Muito obrigada se você chegou até aqui <3
O encontro foi organizado colaborativamente pelas Lulus do Rio e foi um sucesso!
Participamos de várias oficinas, batemos muito papo, interagindo com as apresentadoras, nos divertimos com o bazar de trocas e fomos presenteadas com sorteios de brindes bacanas.
A palestra da Renata Corrêa, Escrevendo Ficção foi um sucesso!
E a Carla San explicou O que o Estilo pode fazer por você. Chiquérrima!
A Stella nos surpreendeu com sua deliciosa Oficina de Cupcakes de Natal. Delícia, Telinha!
As luluzinhas poetisas nos presentearam com uma exposição de poemas na parede. Lindo!
E houve sorteio, claro!
A programação era extensa e o tempo curto. As meninas se empolgaram nas primeiras atividades, e não houve tempo hábil para tudo. Ficamos devendo a Roda de Leitura e a Oficina de Tratamento de imagens no celular.
Mas, nada de estresse. A oficina ficou transferida para o encontro seguinte. E foi um sucesso!
O nosso encontro foi muito proveitoso e divertido!
Vem ai mais um Luluzinhacamp!
No próximo dia 30 de setembro, um novo encontro acontecerá no Rio de Janeiro. A inscrição para o encontro pode ser feita neste link: luluzinhacamp-rj-2017