Bom dia! E aí? Aproveitou os links?
Vamos aos dois últimos blocos.
Pera lá, ao almoço.
Depois do teatro do oprimido, não era só eu que estava fora de órbita. Estávamos, como eu disse, há quase 6 horas lá, estimulados por cada palestrante, um passinho para fora da sua zona de conforto por favor?
E veio o almoço quentinho. Almoço vegano, um macarrão com molho de tomate caseiro bem temperado, para acompanhar tomatinhos pequenos e queijo ralado (opcional). Tudo ao gosto do freguês, servido em bowls de vidro com suco para acompanhar. Foi quando pudemos conversar sobre nossas impressões. E conversamos, tanto e sobre todos os assuntos possíveis, tanto que epa! Quase chegamos (muito) atrasadas – né Gabriela?
Terceiro Bloco – Minha comunidade, meu mundo
Voltar para a sala e encarar o TREME TERRA, com instrumentos de percussão a todo vapor foi uma loucura. Um coletivo de dança, arte e muito, muito som. Quem consegue imaginar uma roda de tambor dentro de uma sala onde as 100 pessoas cabiam justinhas?
Como eu adorei esta coisa de dinâmica, vou propor uma agora. Clica no link abaixo, afasta a cadeira e levanta. Dança um pouco, vamos?
Não tem como descrever o que aconteceu neste momento. 100 pessoas de pé, e muita energia boa para guardar pra micro revolução. Você que já está a dois dias acompanhando o texto, já pensou na sua?
Ricardo Montero – Faz parte do Projeto “Um Teto para meu País” que está em 19 países, e que no Brasil construiu com a força do voluntariado 737 residências para pessoas que vivem em condições de pobreza extrema. Ricardo contou de sua trajetória e de como o projeto iniciou. Natural do Chile, o advogado nos mostrou que para a mudança ser possível basta uma coisa, a vontade. E que em grupo a vontade fortalece e produz resultados.
Links – Um teto para o meu país na Wikipédia
Quer fazer a diferença e fazer parte da mudança participando do projeto? Corre e se inscreve até o dia 10!
Luyando Katenda – Natural da Zâmbia, com 16 anos, é embaixador do Unicef pelos direitos das crianças na Zâmbia. Participou da do Evento Climate Change na Dinamarca e atua na formação de redes, recrutando outros jovens para lutarem por mudanças na relação com o meio-ambiente. Ele contou que desde os quatro anos de idade, com o apoio dos seus pais ele atua em questões envolvendo Direitos Humanos. Na comemoração do 90º aniversário de Nelson Mandela, foi cumprimentado pelo ex-presidente que lhe disse que ele estava no caminho certo.
Links: Quem são os embaixadores da Unicef?
Vinícius e Márcio – Ex-alunos e participantes da ONG Fênix, contaram um pouco da história de como a Escola Estadual Professor Antônio Alves Cruz escapou de ser fechada e virou palco para a ação de pessoas interessadas em ouvir a comunidade escolar e batalhar por melhorias da educação local. Este ano a escola passará a oferecer aulas em período integral e conta com uma Oficina de Maracatu.
Restinga Crew – Vindos da Restinga, bairro que fica a 22 km de Porto Alegre para onde foram transferidos os migrantes marginalizados que habitavam a capital do Rio Grande do Sul na década de 60, compõe um grupo de Hip Hop formado em 2003 e que realiza oficinas de rap, grafite e dança, unindo a comunidade e ultrapassando fronteiras.
Links Bairro Restinga
10 minutinhos para esticar as pernas e começamos o
Quarto Bloco – Mo-Vi-Men-Te-Se
Luan Luando – Está anotada no meu caderninho a frase que mais me marcou
Você não faz o mundo para você.
Agora é nóis, depôôôis é nóis e nóis de noooovo.
Chamando a plateia para repetir com ele o refrão, a Poesia invadiu o TEDx com força e simplicidade. Difusor da literatura feita na quebrada, presente em vários movimentos literários feitos na periferia.
Links – http://www.youtube.com/watch?v=VyR01yAyQIM
Luis Otávio Ribeiro – Em qualquer evento, é comum olharmos a lista de palestrantes antes né? Esta era uma das minhas palestras ‘esperadas’. Porque o Catarse é um sucesso e eu estava doida para escutar o Luis. Quando ele foi para o palco e falou que estava nervoso, a plateia estava silenciosa, mais um pouquinho e todos se levantaram para aplaudir de pé e encorajar o jovem de 21 anos que ia falar do surgimento do projeto de sua vida. Achei um gesto tão bonito, era como se pudéssemos mostrar para ele a importância dele estar ali.
E então a voz soltou e falou sobre o surgimento do Crowdfunding no Brasil, sobre o nascimento do Catarse (ele é um dos oito fundadores) e nos mostrou que em um ano de existência o projeto possibilitou que 130 projetos fossem viabilizados através do financiamento colaborativo. Na prática é assim – qualquer pessoa pode ajudar no financiamento de um projeto criativo com doações a partir de 10 reais. Basta entrar no site, escolher o projeto que mais te agrada e colaborar.
Fan Page – http://www.facebook.com/Catarse.me
Tatiana Achcar Do caderninho de anotações, copiado do telão que apresentava a Tatiana
A cada passo que dou, o meu mundo se move
De bicicleta ela viajou durante um ano coletando aprendizados de sustentabilidade nos Estados Unidos, Nova Zelândia e Indonésia. Tatiana é jornalista e possui uma coluna no portal Yahoo Notícias onde escreve sobre meio-ambiente, no evento contou como foi o processo de ultrapassar a barreira da bolha de conforto e se lançar rumo ao desconhecido, e do que aprendeu e sobre os lugares que visitou.
Gail Mooney – Ela é fotógrafa e nos contou sobre sua trajetória profissional e sobre o surgimento da ideia de realizar o documentário, que foi possível graças as milhas, pontos de hotéis e um crowdfunding no kickstarter. Junto com sua filha, que é parceira no projeto, Gail mantém o blog http://openingoureyes.net/
Assista ao trailer aqui – http://www.youtube.com/watch?v=5SDZss4fF6E
O filme foi exibido no dia 05/12 as 19h no MIS e eu perdi a exibição pois precisava voltar para casa, mas fiquei morrendo de vontade de assistir.
Sara Zarucky – A professora Sara Zarucky chegou com uma pergunta. O jovem é ouvido? O jovem é levado a sério? Formada em Ciências Sociais, ela dá aula de Cidadania, responsabilidade social e ética na Associação São Martinho. Compartilhou experiências e contou um pouco da sua experiência com os jovens. Em suas aulas ela busca abordar temas como consumo, relações sociais e propaganda.
Paul Lafontaine – Criador do Projeto Alma de Batera fez a palestra de encerramento do TedxJovemIbira, deixando todos emocionados, encantados e porque não? Mais confiantes de que qualquer um em qualquer lugar pode ter sua micro revolução. Paul é filho de estrangeiros e poderia ter feito escolhas que agradassem seus pais, que lhe dessem uma vida mais hmm simples? Mas escolheu seguir seu coração e eu amo gente assim logo de cara. A palestra foi encerrada com um exercício de bateria realizado por um de seus alunos, o Caio, que mostrou ali, ao vivo o que o Paul chama de Alma de Batera, esta conexão com a música e com o instrumento que é capaz de modificar vidas.
O encerramento
Lágrimas e mais lágrimas e não podia ser diferente. Depois de um dia inteiro com vários momentos emocionantes, com lições de vida de gente muito especial, de trocas e crescimento conjunto, a emoção do André era a nossa emoção. Nas lágrimas da plateia, a vontade de um mundo diferente, de fazer parte desta transformação.
Na saída os desenhos que foram feitos durante o evento por Vitor Massao, Rangel Mohedano, Amanda Gambale Borges, Victor Farat e Eduardo Shimahara, enfeitavam as paredes, ganhamos mudas de ipê amarelo com um cartão para efetuar o registro no site.
E … fim?
Não, a micro revolução apenas começou.
Participe, inove, movimente-se, reaja, venha se juntar a nós.
E obrigada pela companhia, peço desculpas pelas eventuais “inexatidões” na sequência das palestras, espero que tenha conseguido passar um pouco do que aconteceu no evento e que você que teve paciência para me acompanhar neste relato tenha se interessado para saber mais sobre o TedX.
Deixo um refrãozinho que gruda na cabeça (we are unstoppable, another world is possible) que está aqui – assiste o vídeo e bora começar a sua micro revolução.
See you folks 😉
Foto: TEDxJovem
5 respostas em “TEDx Jovem@Ibira – parte 2”
Muito bom seu relato!
Sabe, me reemocionei (até me arrepiei) lendo tudo que você disse.
O post ta uma delícia e fez com que eu me lembrasse de cada momento maravilhoso…
:)))) Valeu Francisco-Forte! O evento foi lindo né? Não vamos deixar a empolgação passar!!! bjs Tati
Oi! Mto obrigada pelos relatos inspirados e fiéis ao evento, assim como o Francisco me “reemocionei”.
Beijos!
Alice, que a gente consiga se “reemocionar’ e fazer a roda girar! Nada pode nos deter 😀 bjs Tati
Olá…
A-mei seu jeito de contar…estou aqui, deitada na minha cama, na internet, pensando qual será o próximo passo e seu texto além de me reemocionar, me reinspirou!Nao me deixa desistir de criar aquele outro mundo que queremos! bjo grande