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Valente não é violento

Amanhã, dia 10, é dia de blogagem coletiva para encerrar os 16 Dias pelo fim da violência contra as mulheres (que começa, a principio no dia 20 de novembro e que deixamos passar batido neste ano).

Convidei todo mundo no grupo de discussão para participar da roda de debate. Também é Dia Internacional dos Direitos Humanos. E quem convocou a blogagem é ninguém menos que a ONU Mulher, braço da entidade voltado às políticas para as mulheres. Que, sim, tem que falar de fim da violência e de inclusão no mercado de trabalho. E é o século 21, minha gente…

A proposta é que a gente fale sobre “as novas masculinidades”, transformações de estereótipos e do fim da violência contra as mulheres. Quem escrever, linka aqui que a gente faz uma listinha bacana, ok?

Vejo vocês amanhã, nos respectivos blogs.

Update – quem publicou:

Aqui no LuluzinhaCamp: Retratos do Brasil

Denise Rangel: http://drang.com.br/blog/2013/12/10/adultos-violentos-como-educa-los/

Patrícia Andrade: Pelo fim da violência contra as mulheres

Femmaterna: Se apanhar na escola, apanha em casa de novo

Blogueiras Negras: Valente: sobre estereótipos de gênero e violência

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Teste da Violência Obstétrica – Dia Internacional da Mulher – Blogagem Coletiva

Ok, a gente tá devendo o post de Por Amor à Vida. A gente já falou de violência obstétrica aqui no blog. Por isso mesmo fomos convidadas a participar, no Dia Internacional da Mulher, desta blogagem coletiva. Não, eu não vou repetir o que já foi dito. Leia: https://www.luluzinhacamp.com/a-violencia-obstetrica-em-pauta/

E aproveite para responder o questionário que a mulherada preparou.

A comemoração do tal Dia da Mulher? A gente faz todo dia, a cada pequena vitória, a cada caso bom, a cada superação de mais um limite. Venham!

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Dia Internacional pela eliminação da violência contra as mulheres

A gente está na roda do Blogueiras Feministas, blogando para que a violência contra as mulheres suma da face da terra. O dia é hoje por conta da história das irmãs Mirabal, que a Letícia contou tão lindamente na blogagem que o LuluzinhaCamp organizou em 2009. Aliás, se você gosta de história bem contada, recomendo fortemente a leitura deste último link. Então hoje vocês terão dois posts no LuluzinhaCamp 😉

Os números da violência contra a mulher são chocantes. Sempre. E não caem. Segundo o Portal Violência contra a Mulher, mantido pelo Instituto Patrícia Galvão, mais de 20% das quase 2 milhões de ligações recebidas pela Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) referem-se a pedidos de informações sobre a Lei Maria da Penha. Uma pesquisa feita pelo Instituto Avon e Ipsos, mostra que 52% das pessoas acham que juízes e policiais desqualificam o problema da violência contra as mulheres.

Enquanto isso, a cada 2 minutos, 5 mulheres são espancadas no Brasil
Este tipo de manifestação é boa, sempre. É preciso falar, denunciar, forçar a polícia a nos atender, fazer que a Lei Maria da Penha seja aplicada. Porque a gente sabe – e não precisa de novela para isso – que denunciar é difícil. A cada 10 ligações, uma é para denunciar violência. Importante: este número diz respeito aos contatos. E quem nunca fala nada? Quantas são? Porque a gente sabe, sim, que muitas mulheres não têm coragem, força e suporte para denunciar seus agressores – que na maioria das vezes é o marido. E, não, não são casamentos recentes, são relações com mais de 10 anos em 40% dos casos.

O que você pode fazer?

Não seja testemunha de violência em silêncio – chegue perto, converse, apoie, vá junto à delegacia, consulte amigos advogados. Evite o comodismo e faça tudo o que puder – com todo o tato e delicadeza do mundo – para romper a corrente da violência.

Seja não violenta – Violência também se expressa em palavras, preconceitos, julgamentos. Um dia a dia gentil sempre é melhor que o mau humor liberado sobre qualquer um sem nenhuma razão.

Eduque seus filhos – principalmente os meninos precisam aprender a respeitar as mulheres, saber que elas são iguais. Faça os filhos homens cuidarem da casa, arrumarem, lavarem – tudo o que você exige da sua filha. Detalhe: não basta mandar fazer, há que praticar. Portanto, trate de colocar el maridón na roda, dividir igualmente as tarefas. [sim, isso aqui é puro sonho no Brasil, mas o fim da violência também é. Portanto, a gente fala. Se uma só família praticar, já tá ótimo]

Informe-se – tudo pode acontecer com todo mundo. Conheça seus direitos, saiba como se defender. Aqui no LuluzinhaCamp mesmo, a gente fez uma série de posts, durante a blogagem de 2009, que podem ajudar. São Google também tem respostas. Há infinitas organizações feministas de confiança. O conhecimento ajuda a enfrentar com mais serenidade a situação – seja com você ou com alguém próximo.

Outras Luluzinhas que também escreveram sobre o assunto:

Ine: eu não fui estuprada

Danielle Cruz – Pelo fim do silêncio

Ana Afonso fez uma chamada para seus leitores
Simone Miletic: Pelo fim da violência contra a mulher

Saiba mais acessando o módulo de Violência Doméstica da pesquisa “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado”, realizada pela Fundação Perseu Abramo, em parceria com o SESC.

Veja também os dados da pesquisa DataSenado sobre violência doméstica contra as mulheres.

 

 

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Vida longa para Ashtiani

apedrejamento

Em 2006, a iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani foi acusada de adultério. Após ser torturada com chicotadas e forçada a confessar, ela foi condenada a morrer por apedrejamento. Nessa forma de execução, a mulher é enrolada com um pano branco e enterrada de pé, apenas com a cabeça acima do chão. Pedras são então atiradas, sendo que segue-se a regra de que têm que ser grandes para causar sofrimento, mas não podem ser suficientemente fortes a ponto de a morte ser imediata.

Para tentar impedir que essa pena cruel e anacrônica seja cumprida, foi criado o site http://freesakineh.org/, com um abaixo-assinado que já reuniu mais de 30 mil assinaturas, entre elas as de Salman Rushdie, Samantha Power e Ayaan Hirsi Ali.

Via Blog da Companhia, no twitter da @labucaneira com a nossa hashtag (#luluzinhacamp).

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Pernambuco não consegue implantar a Lei Maria da Penha

Luluzinhas pelo fim da violência contra a mulher Já temos muitas Luluzinhas na roda da Blogagem Coletiva pelo fim da violência contra a mulher. Hoje o querido Edu Vasques, que nos acompanha de perto, mandou a dica de uma matéria da semana passada da RedeTV, falando exatamente deste assunto. Vejam só como é importante não só a gente colocar a boca no trombone, com o também arregaçar as mangas.

O que é possível fazer?

A Letícia deu a receita para ajudar estas mulheres: faça a sua parte. reproduzo aqui:

No dia-a-dia

1. Denuncie os casos de violência contra as mulheres que tenha conhecimento.
2. Testemunhe em processos judiciais sobre a violência que presenciou.
3. Dê apoio, proteção, carinho e compreensão para a mulher vitimada.
4. Respeite as escolhas das mulheres vitimadas, não julgueo seus atos.
5. Participe de eventos, seminários e manifestações sobre o tema.
6. Não perpetue estereótipos e preconceitos sobre a violência contra as mulheres.
7. Poste, tuite e inclua na sua assinatura eletrônica o slogan da Campanha: Uma vida sem violência é um direito das mulheres!

Na sua empresa

8. Promova debates e reflexões sobre o tema;
9. Desenvolva uma política não discriminatória às mulheres.
10. Desenvolva uma política de apoio para as funcionárias vitimizadas.
11. Organize grupos de discussão para debater o conceito de gênero e os tipos de violência recorrentes no trabalho (assédio moral, sexual).
12. Apure e encaminhe para as autoridades competentes casos de assédio sexual e moral contra as mulheres.

Na sua cidade

13. Fortaleça grupos e organizações que trabalham com o tema.
14. Divulgue a temática no seu bairro, grupo de amigos, trabalho.
15. Apóie iniciativas de criação de serviços e políticas públicas de atendimento às mulheres vitimizadas.
16. Fiscalize o funcionamento dos serviços locais de atendimento às mulheres vitimizadas.

Lembre-se sempre: Não existe mulher que gosta de apanhar, o que existe é mulher humilhada demais para denunciar, machucada demais para reagir, pobre demais para ir embora.