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Poliamor

Um documentário sensacional, com direito a depoimento de Luluzinha sumida – no momento em maternagem furiosa – do José Agripino, falando de… Poliamor. A gente já falou disso aqui, nos posts sobre sexualidade. (siga o link para ler).

O vídeo foi compartilhado no nosso grupo de discussão e merece cada minuto da sua atenção.

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Relato de Luluzinha: TEDxJovem@Ibira, primeira parte

TEDxJovem @Ibira

A Tati falou no nosso grupo de discussão sobre o evento. Eu a convidei para contar como foi o TEDxJovem@Ibira, que aconteceu no último dia 4 de dezembro.
Reserve um tempo para se emocionar e embarque na micro revolução com a gente
Lucia Freitas

Eu sempre tenho fotos, e com isso acho que não preciso falar sobre né?

Mas desta vez a microrrevolução começou cedo, quando eu li as letras pequenas no email que dizia que não seriam permitidas fotos e filmagens. E agora Josefa?

Daí guardei a câmera e assisti o evento todinho com 2 fotos tiradas com o celular. Não twittei, não postei no facebook, mas acompanhei cada segundo com atenção.

Mesmo quando vi galera fotografando respirei fundo e decidi que o aviso era para mim, participar de algo sem ficar fotografando e pensando em ângulos e luz realmente é uma revolução pessoal, resolvi aceitar o desafio e voltei os olhos para o palco. Os olhos, sem a lente de vidro de intermediária. Os olhos que derramaram lágrimas em vários momentos, e que eu ficava tentando secar com a ponta da camiseta. Fica a dica, vai a um TEDx? Leve lenço.

O credenciamento

Eu sempre chego com o estômago borboletado, muita ansiedade e coração aberto para conhecer pessoas e realmente aproveitar.

Então as 7h45 eu já cheguei falando e conheci o João, um gaúcho de Erechim que estava em SP pela primeira vez. Uma das minhas coisas favoritas do TEDx é a empolgação, a plateia está ali realmente para criar conexões.

co-criação, coletivamente, nós. NÓS. Não é lindo?

Crachá de papel semente pendurado no pescoço, sacola retornável com uma revista, o livreto do evento e uma caneca lindona de fibra de coco. Não havia copo descartável, cada um com sua caneca. Lembrei da Lúcia Freitas. No e-mail da seleção dizia para levarmos um lanche, entreguei os meus bolos e fomos chamados para …

A dinâmica

O Fernando Conte e o Breno Valentini, da organização nos chamaram para a dinâmica lá fora, e eu fui (confesso que morro de timidez nestes momentos). Valeu a pena, foi uma coisa bem simples, sem grandes scripts, natural, e logo todo mundo estava rindo. Ingrid Inteligente, Breno Bem humorado, Francisco Forte, Fernando Feliz, André Animado, Marcelo Muito animado, Tatiana Teimosa e mais 40 adjetivos e risadas que conseguiram cumprir o objetivo de quebrar o gelo e fazer todo mundo começar a conversar.

O André Gravatá frisou isso em vários momentos, aproveitem que estão aqui, se conheçam, troquem contatos, marquem coisas juntos. Não sabe como puxar assunto? Ele deu a dica, pergunte como a pessoa come bolacha recheada 😉

O café

Depois da dinâmica, veio o café, com muitas frutas e agua de coco. Nada descartável, lixos para reciclar. Gelo devidamente derretido, já era possível ver rodinhas e grupos conversando.

A ansiedade pelo início do evento era grande….

Todo mundo sentado. Adoro olhar para os lados e ver mil olhos brilhantes.

Bloco 1 – O que você faz com o que está na sua frente?

David Rocha – Entrou no palco um jovem-homem para contar sua história. Ele trazia nas mãos um violino. “E a madeira ganha vida”. Com madeira recolhida do lixo ele construiu seu primeiro violino. Contou de sua participação nas oficinas, onde aprendeu a construir o instrumento. Onde aprendeu a tocá-lo. E então tocou. Tocou cada um de nós. “Esse é o som que eu consegui tirar do lixo”.

Julia Toro – Mais uma dinâmica! Fechem os olhos, silenciem, sintam que estão aqui. Abram os olhos, bom dia pessoal! Mais uma dinâmica para acordar o corpo e a alma, risos e então Julia contou um pouco da sua hitória, mostrou fotos, falou sobre a Bengira, onde aproveita sua trajetória artística e acadêmica para realizar trabalhos de transformação social. Mais uma vez o lixo vira matéria prima e vira arte, vira moda, e transforma vidas.

Ivo Pons

Eu já havia assistido uma palestra do Ivo no TedXFloripa e antes do evento fui bem cara de pau dar um abraço nele, agradecer o que havia aprendido. O presidente e fundador de uma rede de desenvolvimento social chamada Design Possível é uma simpatia. Nesta palestra falou sobre a importância de buscar novos desafios, da importância de não temermos o erro, da importância do erro no amadurecimento dos projetos. E contou um pouco da trajetória do grupo, eu fiquei feliz em saber que Florianópolis é um dos locais onde a semente foi plantada e está crescendo.

Falou também dos grupos de formação, onde os grupos produtivos conseguem se apropriar do projeto, onde o projeto que antes era de poucos, passa a ser o projeto de todos. E através da co-criação os coletivos se fortalecem.

Ísis Soares

A palestra foi tão linda que não tenho vergonha de contar que passei a maior parte do tempo chorando, as lágrimas escorriam pelas bochechas. O projeto Cala-boca já morreu busca garantir espaço de manifestação de crianças e adolescentes. E Ísis encantou contando de sua infância na rádio comunitária, falou sobre a importância da educação pelos meios de comunicação. Mas não programas feitos PARA as crianças e jovens, mas feito por eles. Afinal criança tem voz não é mesmo? E fala de coisas sérias, e é sujeito de todos os seus processos, pq então não teria o direito de se manifestar?

Facebook – https://www.facebook.com/profile.php?id=100001847594549

Peetssa

Ativista, fotógrafo, voluntário, curioso, falou sobre fontes alternativas de geração de energia, com direito a demonstração de um gerador feito com.. adivinhe? LIXO. Mais especificamente lixo eletrônico, com hds quebrados ele desenvolveu um gerador de energia limpa. Escrevi no meu caderninho às pressas algumas frases dele.

Não se faz revolução sozinho.

O lixo é o novo garimpo

Confira a página do Peetssa (no menu de navegação tem o link do gerador de energia)

Hora de uma pausa?

Vamos tomar uma água de coco e compartilhar um pouco da empolgação, nesta hora encontrei a Tarsila, que faz parte de dois coletivos do qual eu faço parte, o Luluzinha Camp e do grupo das Blogueiras Feministas. Conheci também a Gabriela e pudemos trocar idéias e contatos para falamos de Hortas Comunitárias.

Segundo Bloco – Transformando Muros em Pontes

 

Natália Garcia – jornalista que conseguiu sair de sua zona de conforto ao trocar o carro pela bicicleta. Criadora do projeto Cidades para Pessoas, que teve uma parte do financiamento obtido por crowdfunding no Catarse. Aqui eu vou deixar o link, pq a apresentação do projeto é linda demais e eu vou esperar aqui até você ir lá assistir.

http://vimeo.com/18868465

Pronto? A Natália está na metade do projeto, já viajou por 7 cidades e nos apresentou um resumo de tudo o que aprendeu e através de um desenho bacanérrimo feito pela Juliana Russo, de um mapa da cidade de são Paulo onde ela mostrou várias possíveis soluções para problemas locais

– É possível nadar em rios que já foram muito poluídos

– Criação de um conselho técnico de apoio – Quem melhor do que os habitantes para saber quais os problemas e soluções para seus locais de trabalho e moradia? Dar voz e oportunidade para que as pessoas habitem a cidade.

– Agricultura Urbana – as vantagens de plantarmos nas cidades, isso diminuiria o impacto ambiental no abastecimento de alimentos, e seria ótimo para permeabilizar o solo.

– Consumo Colaborativo – Funciona mais ou menos assim, Tatiana tem um cortador de grama, e empresta para José que corta a sua grama e a do vizinho, que por sua vez faz a manutenção da máquina e ainda manda bolinhos para a Tatiana em agradecimento. Achou legal? Que tal colocar em prática?

Redes Locais de Catadores de Lixo – Agora já sabemos que lixo é garimpo, e não o amontoado de coisas fedorentas né? Então porque não valorizar o catador, criar uma rede local e abolir os atravessadores, lixo é dinheiro e oportunidade, que está logo ali para ser aproveitada.

– Centro não é lugar de carro – se você já ficou um pouquinho que seja preso em um engarrafamento vai entender que isso é quase uma questão de direitos humanos né? Engarrafamento, poluição e distanciamento, quem curte?

– As vantagens da bicicleta na vida das pessoas, bom para a economia e para saúde.

Os links: http://cidadesparapessoas.com.br/; Fan Page no Facebook

Caio Braz – Através de um e-mail para 50 amigos ele começou sua micro revolução. A rede Polinize reúne jovens que querem transformar a realidade do país através dos negócios. É a união do propósito com o mundo dos negócios, afinal as coisas podem e devem ser diferentes. E segundo Caio, a comunidade é o nosso espaço para a ação. Pense grande, comece pequeno e ande rápido, a frase de Fábio Barbosa que fez o Caio ter o seu momento OPA! Já está colada no meu mural.

Links: Fan Page no Facebook; Blog Empreender Educação

Teatro do Oprimido

O Ponto Educandário de Cultura, formado por jovens moradores do Jardim Educandário apresentou a peça “Liberdade Proibida”, que trata de uma história real sobre a liberdade de amar alguém do mesmo sexo. Violência, preconceito e alternativas. A diretora do grupo Kelly Di Bertolli convidou o público a entrar em cena e propor soluções para os conflitos retratados. A apresentação foi linda e fascinante, e nos mostrou que através da arte conseguimos pensar em como podemos agir na vida real diante da opressão, partindo da posição do oprimido, buscando fortalecê-lo e mudar o final da história, que para ser feliz, deve ser feliz para todos, independente de raça, gênero ou opção sexual.

A conversa sobre a peça se estendeu e eu fiquei pentelhando o João, ficamos brincando de imaginar em qual ponto da peça nos manifestaríamos pela mudança de rumos. Eu batendo o pé pela importância de uma virada de mesa por um dos agressores, que levantaria e falaria, ei isso não é nada legal, deixem ele em paz. Acabamos falando dos nossos grupos, onde vivemos e muitas vezes não nos posicionamos por pura inércia, ou nos afastamos em silêncio, omissão? Enfim, muitas divagações.

Links Para saber mais sobre o Teatro do Oprimido de Augusto Boal

Pontos de Cultura

Ponto Educandário

Para ver o pessoal em ação:

Ponto Educandário de Cultura VIDEO1 (BULLYING)

Ponto educandário de Cultura Video2

Aqui eu já estava fora de órbita, é muita ideia legal em pouco espaço de tempo. Junto com 100 pessoas . Realize: 6 horas imersa em um ambiente de transformação. É intenso, ou melhor, te dá espaço e alimento para ser intenso basta se entregar.

Te convido a visitar os links, conversar no Facebook, comer uma comida honesta que deixe seu coração quentinho e prometo que estarei aqui amanhã. Foram 12 horas de evento, vale mais um post não vale?

Um beijo e até amanhã.

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Você quer sentar?

Você quer sentar?, ela perguntou. A senhora respondeu que não. Não seria nada demais essa cena se ela não acontecesse no metrô de Estocolmo, em plena hora de rush, com uma menina negra e uma senhora sueca. A questão aqui não tem nada a ver com o fato dela ser negra, mas com o fato de ser facilmente reconhecida como “não tipicamente sueca”. Aliás, os suecos possuem uma relação estranha com os “não suecos” pois, mesmo sem poder expressar qualquer coisa, há um sentimento generalizado de que os estrangeiros estão vindo para cá e tomando o lugar deles.

Mas o que me chamou – e muito – a atenção foi o fato de somente essa menina se prestar a oferecer o lugar. O metrô estava lotado e nenhuma outra pessoa se deu ao trabalho de ceder seu conforto para a senhora. Ninguém.

Continuei observando, de pé, até chegar o meu ponto de descida. Me posicionei perto da menina para poder descer e, mais uma vez, ela me ofereceu o lugar dela. Como uma pessoa educada deveria fazer. Como um ser humano deveria ser. Agradeci e expliquei que já ia descer no próximo ponto e fiquei lá, admirando, enquanto a menina calmamente fazia um rabo de cavalo. Quando acabou, olhou pra mim e eu soltei:

– You are pretty*

Mal sabia ela que não era do rabo de cavalo que eu estava falando.

 

*Em inglês, o verbo “are” pode se referir a “ser” ou “estar”. Ou seja, “você é bonita” ou “você está bonita”.