E foi assim… A Fran (@francineemilia) foi na casa da Re Correa (@letrapreta), que apaixonou pelo Kobo Mini dela e ficou sonhando com um leitor digital para chamar de seu.
“Quais são as opções do mercado? Porque o kindle é hypado? Posso fazer anotações? Eles possuem navegador para se eu quiser, sei lá, copiar um parágrafo e postar no meu face ou no meu blog? E os custos? A oferta de títulos é mesmo farta?” – Renata Correa
E como todo bom papo no grupo Luluzinha Camp merece ser compartilhado, segue uma compilação com dicas, truques e quebra-galhos. Aproveitem!
Os prós e contras dos leitores digitais
“Ainda prefiro o livro de papel (<3), mas pela praticidade não tem nem como discutir!” – Ana Paula Sá
No geral, as vantagens de um eReader são:
- Não emite luz direta: o problema de se ler no computador ou em outros dispositivos eletrônicos é que a luz emitida pelo aparelho incide diretamente em nossos olhos, tornando a leitura cansativa. Ajustar o brilho das telas sempre é uma opção, porém, os e-readers utilizam uma tecnologia em suas telas chamada e-ink cuja visibilidade se aproxima muito a do papel, além de não emitirem luz ou possuírem luz indireta para leitura nortuna;
- Leveza: enquanto tablets de 7 polegadas pesam entre 400 e 600 gramas, e-readers pesam em torno de 200 gramas;
- Preço: os e-readers chegaram com força no último ano no Brasil, com preços variando entre R$260 a R$699 dependendo do modelo e funções. Então, desde o estudante que faz estágio até quem está com o bolso mais cheio pode encontrar opções.
- Bateria: os e-readers são extremamente econômicos em termos de bateria, especialmente os modelos em que não há nenhum tipo de luz sendo emitida. Em alguns deles a bateria pode durar um mês, mesmo utilizando-o por uma média de uma hora por dia.
- Capacidade de armazenamento: o melhor benefício dos livros digitais é não ter mais livros enormes pegando poeira nas estantes. A maioria dos e-readers tem boa capacidade de armazenamento e alguns modelos possuem entrada para cartão micro SD.
- Concentração na leitura: os e-readers acessam a internet para realizar compras de livros ou enviar informações a redes sociais, mas não acessam emails, nem possuem jogos, nem navegam na internet. Sua única e principal função é proporcionar a leitura, seja de livros ou assinaturas de revistas e jornais. Sem distrações fica mais fácil se concentrar.
Talvez, a principal desvantagem de um eReader seja o fato de que ele serve apenas para ler. Num mundo em que temos gadgets que realizam tantas funções ao mesmo tempo, parece até estranho ter um aparelho tão simples. Porém, um eReader pode ser um ótimo companheiro para momentos de lazer.
Vale lembrar também que cada aparelho eReader lê formatos específicos de arquivo. A maioria não lê o formato .pdf como nativo, havendo quebras na configuração, mas no final desse post há dicas de conversores que podem resolver seu problema.
Kindle
A Carla do Brasil iniciou a conversa compartilhando seu amor pelo Kindle Touch e, apesar de não ter experimentado outro leitor digital, não troca por nada nesse mundo. Afinal, o kindle permite compartilhar com twitter e facebook. Além de possibilitar anotações, grifar, e ler no computador o que foi lido no kindle, dessa forma conseguindo copiar/colar.
“Ganhei o meu Kindle Touch há um ano e não teve um dia desde então que eu não o carreguei na bolsa e gastei, pelo menos, 15 minutos lendo. Ele é básico, mas ótimo.” – Marina Maciel
Para Jessica Aline, “o kindle é hypado por conectar na biblioteca a amazon, ter sido o primeiro e, imo, tem o melhor acabamento, comparando com o nook e o kobo. e o suporte da amazon é lindo. meu primeiro kindle veio do mercado livre, pifou bem depois do fim da garantia e eles trocaram”. Para quem lê em inglês o acesso ao acervo da Amazon é vantajoso, porque os preços dos e-books em dólar costumam ser melhores.
Nota: Ele NÃO foi feito para navegar apesar de ter um navegador, ressaltou Bruna Bites. É bem limitado nesse sentido e aí aparecem as pessoas falando de iPad, que é bem mais caro e tem outro tipo de uso
Enquanto isso a Gabriela Nardy suspira pelo Kindle Paperwhite. Testado e aprovado pela Ana Paula Sá, ela já testou na praia e a noite e funcionou muito bem. A vantagem é que realmente não cansa a vista como um notebook ou tablet. A sensação é de papel mesmo, com a vantagem de ser muito leve. “Carrego sempre.”
O kindle só lê eBooks no formato dele. Para administrar, recomenda-se usar o Calibre, um software livre que permite converter e administrar títulos.
- Sobre o Kindle Touch
- Sobre o Kindle Paperwhite
Kobo
E a Fran segue apaixonada pelo seu Kobo Mini. “Ele é básico. É feito pra ler e basicamente apenas isso… Dá pra logar no facebook e compartilhar alguns trechos e tem um dicionário bacana. E ressaltou seus pontos fortes (em sua opinião)
- não tem dificuldade alguma de ser detectado no linux – o linux entende ele como pen drive e você joga o livro lá – e achou muito pratico para comprar livros.
- realmente cabe no bolso. (para a Fran isso é muito bom, porque anda de transporte publico e as vezes precisa descer correndo do onibus. Sendo assim, mais facil pôr no bolso da frente que na mochila…
(Coisas de Francine… rs)
No caso da Bia Cardoso, a decisão de optar por um Kobo Touch e não um Kindle foi simples: ela não lê em inglês. Para Bia, a oferta de livros em português que a interessam é maior para o kobo, já que a livraria cultura esta vendendo e estimulando as editoras brasileiras a disponibilizar livros em formato digital.
Segundo ela, um ponto negativo é que o kobo é bem ruim para ler pdf, pois precisa ajustar o texto manualmente e toda vez que muda a página perde a configuração. No entanto, para ler os livros digitais nos formatos que ele acessa é lindo. E tem dicionário também.
- Sobre o Kobo Mini
- Sobre o Kobo Touch
Nook
Simone Miletic tem um Nook da Barnes And Noble, e pagou US$ 129 (o preto e branco), pois um amigo trouxe de uma viagem.
Escolheu este porque por aqui ainda não tinha o kobo e assim como a Bia Cardoso, não queria ler em inglês.
Ao contrário do Kindle, o Nook aceita qualquer formato sem precisar de conversão e assim foi possível adquirir os ebooks que existiam por aqui antes da Amazon aparecer.
- Sobre o Nook
iPads, Tablets e smartphones em geral
Apesar de ser uma opção como leitor digital, um ponto negativo foi unanimidade entre praticamente todas as Luluzinhas: a luminosidade excessiva de iPads e tablets, cansa demais a vista.
Até é possível colocar uma película fosca, que melhora, mas aí você perde a qualidade para vídeos, por exemplo, lembrou a Simone Miletic.
Nota: Lembrem-se: existem apps do kindle e do kobo para serem usados em iPads e tablets.
Dicas de Lulu para Lulu na escolha do seu leitor digital
E para desanuviar suas dúvidas (ou complicar de vez) seguem algumas dicas de Lulu para Lulu sobre porque escolher este e não aquele leitor digital.
- “Todos os modelos do Kindle permitem grifos mas nem todos permitem anotações, é bom ir num quiosque e fuçar.” – Jessica Aline
- “A iluminação é fator determinante pra mim, porque leio muito quando já to deitada (o iPad é ótimo nisso, mas tem o peso…)” – Rina Pri
- “No kindle, como o arquivamento dos livros é na nuvem, eu tenho acesso a todos os livros em qualquer lugar sempre. No Kobo o arquivamento é em cartão de memória, então só tenho esse acesso se os livros estiverem no dispositivo.”- Rina Pri
- “No kindle, livros que não são comprados/baixados diretamente da amazon não têm como serem enviados pra estante virtual. Ficam só no aparelho.” – Rina Pri
- “No Kindle, as compras feitas ficam associadas a sua conta, ou seja, se você estiver em algum lugar sem seu Kindle, mas com um aplicativo Kindle para iPhone, por exemplo, e quiser baixar um livro já comprado você pode. Ele será baixado e guardado na memória do aparelho, assim como aqueles que você baixou no Kindle estão na memória do Kindle – caso contrário você não teria acesso a eles quando estivesse sem acesso a rede WiFi.” – Simone Miletic
- “O Kobo, Nook, Galaxy (sem ser pelo aplicativo do Kindle), usam de outros aplicativos para carregar os livros nos aparelhos – eu uso o da Adobe, por exemplo – e normalmente estes aplicativos fazem a estante em seu computador de forma semelhante a esta que fica na Amazon e você carrega no aparelho os livros que quer.” – Simone Miletic
Conversores de e-books
O mais popular gerenciador e conversor de formatos para e-books é o Calibre. Ao baixá-lo, você indica qual é seu e-reader e ele automaticamente detecta os formatos nativos. A partir daí, pode-se converter qualquer arquivo de texto ou e-book no formato desejado. A interface é simples e intuitiva.
- Site oficial do Calibre (gerenciador e conversor de ebooks)
- E clique aqui para acessar um pequeno guia do Calibre
Acervo de livros digitais
Bruna Bites bem lembrou que a vinda da Amazon para o Brasil deixou as coisas ainda melhores. Há vasto acervo internacional e no Brasil está crescendo no mesmo sentindo.
Os preços dos livros podem variar bastante. Os lançamentos muitas vezes custam o mesmo do livro físico ou até mais. Na amazon há um quantidade enorme de livros por cerca de 9 reais. Já as edições do kobo são um pouco mais caras na kobobooks.com.
E Jessica Aline completou: a oferta de livros digitais é boa, especialmente de lançamentos, mas os preços nem sempre são exatamente competitivos. A Companhia das Letras está com um ótimo acervo, o problema é que o preço é praticamente o mesmo do livro comum, completou Srta Bia.
Livros sem copyright podem ser baixados em sites como Project Guthembergh. Que converte livros de um formato para outro. Quando eles não tem DRM, é trabalho de um minuto, seja usando um software (o Calibre, já citado) ou o site Online Converter. (Dica da Jessica Aline)
Links para baixar eBooks em português
- E-books gratuitos da Amazon.com.br
- E-books gratuitos da Livraria Cultura
- Projeto Gutenberg (clássicos que já caíram em domínio público)
- Portal Domínio Público
- Google Books
- Literatura Digital
- Biblioteca Nacional Digital
*Agradecimento especial a todas as Lulus que comentaram sobre esse assunto no grupo e ajudaram este post a ficar tão rico, sobretudo Bia Cardoso e Lucia Freitas que ajudaram na edição.