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No & Low Poo – O que é?

[Este post é resultado de uma discussão interna do LuluzinhaCamp]
No Poo e Low Poo são duas técnicas menos agressivas para cuidar dos cabelos, e que estão se tornando cada vez mais conhecidas.

O No Poo significa lavar o cabelo sem o uso de shampoo, os adeptos fazem a limpeza com produtos que não danificam o cabelo e a pele.

Low Poo é o uso de shampoos sem substâncias nocivas, como os sulfatos. O método de lavagem tradicional, com qualquer shampoo/condicionador muitas vezes deixa resíduos fazendo o cabelo ficar ressecado, sem vida.

As duas técnicas “proíbem” o uso de substâncias como sulfatos, óleos minerais, petrolatos, parafinas. O No Poo inclui a essa lista os silicones insolúveis.

 

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Os sulfatos são detergentes muito fortes, que tiram as sujeiras, e também toda a oleosidade natural [e boa! ] do cabelo, todos os tratamentos hidratantes, enfim, tudo que estiver no caminho. Já os óleos, petrolatos, parafinas e silicones, são vendidos como hidratantes, mas eles agem apenas nas cutículas externas do cabelo, não hidratando profundamente, e impedindo que o cabelo absorva hidratação do meio. Eles criam uma capa, parecendo que o cabelo está hidratado, macio e sedoso, mas na verdade, a longo prazo, acabam prejudicando os fios.

Vou começar explicando mais sobre o No Poo:

Originalmente, No Poo era lavar os cabelos sem o uso de qualquer tipo de cosmético, então muitas pessoas usam apenas bicarbonato de sódio e Vinagre de Maçã. A Denise Rangel é uma dessas pessoas e diz que tem ótimos resultados. Ela fez até uma série de posts no Sturm und Drang contando como foi a mudança de produtos tradicionais para esta técnica.

Numa discussão no nosso grupo de e-mails sobre No e Low Poo, a bióloga Suzana Elvas falou um pouco do que acontece ao usar bicarbonato e vinagre nos cabelos.

“Ácido + base = sal + água. A gente foge de xampus com sal na fórmula e entope a cabeça com o mais básico deles toda a vez que lava a cabeça com bicarbonato e vinagre.

A longo prazo – bem longo, mas de maneira quase irremediável – a gente destrói o cabelo usando essa técnica. Quando você põe bicarbonato – diluído ou não – abre as escamas bem abertas, expondo a medula do fio no único lugar onde ele ainda tem vida (porque cabelo é tecido morto, como as unhas): perto da raiz. Aí você joga o vinagre e as escamas fecham. E você fica nesse abre e fecha e o resultado, depois de uns dois anos, é que o pedaço que estava perto do couro cabeludo cresce e o cabelo, depois de semanas, meses de abre-e-fecha, tá uma palha e o couro cabeludo, depois de um longo desequilíbrio da camada de lipídio, não sabe mais pra que lado correr.”

“Mas então, como é que faz pra limpar a cabelêra sem usar shampoo, e sem usar bicarbonato?”

O No Poo se baseia numa técnica chamada co-wash, ou seja lavar o cabelo com condicionador. É, parece estranho, mas dessa forma você não perde tanto a oleosidade natural do cabelo. Algumas pessoas usam uma mistura de condicionador [sem todos aqueles químicos] com o cocoamidopropil betaine, que ajuda a limpar o cabelo, mas de maneira menos agressiva que os sulfatos. E depois passar leave-in, gel, enfim, finalizar o cabelo como sempre

No caso de Low Poo você pode fazer o processo normal de cuidar do cabelo: shampoo, condicionador, finalizador, hidratação uma vez por semana, etc. com os produtos que não tenham aquelas substâncias na fórmula. É legal intercalar o uso do co-wash também para que o cabelo mantenha a hidratação natural.

Eu comecei a pesquisar, levei esse debate para o grupo de e-mails do LuluzinhaCamp, e agora estou abrindo o assunto aqui no blog, porque cada vez mais pessoas estão se interessando por alternativas para se cuidar. Escrevendo o texto conheci o canal do Youtube de uma fofa chamada Mari Morena. Neste vídeo ela explica de uma forma simples como funciona o No e Low Poo.

 

Se você se interessou por tudo que falei, veja os outros vídeos da Mari, procure grupos no Facebook sobre o assunto, escreva nos comentários, pesquise bastante! Esta lista de produtos liberados para técnica ajuda bastante quando você está começando a entender.

Estou há duas semanas fazendo o Low Poo e acho que ele está mais macio, mais ondulado. Mas vale lembrar que o processo demora a mostrar grandes resultados, principalmente se você costuma usar química no cabelo. O cabelo vai passar por um tipo de detox e então ficar lindo. E outra coisa importante: cada cabelo tem suas características, os produtos que dão certo pra uma podem não dar certo pra outra. Se você acha a ideia legal, pesquise, teste, experimente, e dê tempo ao cabelo.

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Opinião

O tempo passa e o padrão de beleza muda.

O historiador Paulo Roberto Vieira descobriu algumas propagandas em edições antigas do Jornal Diário dos Campos, de Ponta Grossa (PR) que evidenciam como o padrão de beleza mudou… Com a palavra, Paulo Roberto:

Durante uma pesquisa nos arquivos do jornal Diário dos Campos, em Ponta Grossa-PR, realizada no ano de 2007, tirei várias fotografias de propagandas veiculadas entre os anos de 1938 e 1940. Revendo aquelas fotos, me deparei com uma questão interessante. Na época em que as propagandas foram veiculadas, magreza era sintoma de doença. Vários reclames divulgavam que ser magro era sinal de fraqueza no sangue. Outros mostravam que a mulher magra passava vergonha. Mas a história, como a testemunha do tempo, tem a obrigação de nos mostrar as transformações que ocorrem na sociedade. Olhando as fotos anexas, você vai ver que o ideal de ser Barbie não era cogitado de modo algum, nas décadas de 1930-1940.

A luluzinha Beth Vieira, irmã do pesquisador, compartilhou na nossa lista de discussão o texto acima e as fotos que seguem (clique para ampliar):

(Os jornais encontram-se no Museu dos Campos Gerais, pertencente à Universidade Estadual de Ponta Grossa, Paraná.)

Não quero dizer que as “magras de nascença” são doentes. O problema está em achar-se feia e sem valor por causa do que proclamam os meios de comunicação e fazer loucuras para perder peso, colocando a própria saúde em risco.

Nos anos 30, imagino que muitas magras saudáveis se sentissem pressionadas a engordar. Hoje, muitas curvilíneas saudáveis sentem-se pressionadas a perderem suas curvas, busto, quadril, coxas, em nome de um padrão de beleza imposto pela moda e pela publicidade.

O segredo é cuidar de si. Isso significa mandar as revistas de dietas e as neuroses com a balança às favas. Significa buscar o equilíbrio, comer direitinho, espantar o sedentarismo em nome de uma vida saudável e não de estilistas malucos que preferem vestir cabides a mulheres. Significa, sobretudo, amar-se, valorizar-se, olhar-se no espelho e encontrar pontos positivos em vez de sair catando defeitos inexistentes.

Sei que é mais fácil falar do que fazer, mas pense bem: você quer passar o resto da sua vida sofrendo para atingir um padrão físico que certamente mudará em algumas décadas, como já mudou tantas vezes antes (lembrem-se das pinturas renascentistas)? Vale a pena ser infeliz por isso?

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Sorteios, Promoções e Propagandas

Concurso cultural: o que é beleza para você?

LuluzinhacCamp 4.0
O pessoal da Lancôme deixou comigo um brindezinho igualzinho aos que recebemos na saída do LuluzinhaCamp aqui em Sampa para sortear entre as moças que não compareceram.
O concurso só vale para quem não foi – mesmo que não tenha se inscrito – e more em São Paulo.
E vai funcionar assim: vocês têm até dia 28 de março para escrever um post no seu blog sobre Beleza. Quem não tem trackback (ou seja, não usa wordpress) deixa comentário aqui. Eu e uma representante da empresa vamos escolher o melhor post, que receberá o presentinho.
Prontas? Ativar!

Update: este concurso terminou!!!

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Opinião

O Boticário faz campanha de gosto duvidoso

Vaidade: qualidade do que é vão, vazio, firmado sobre aparência ilusória.
(Dicionário Houaiss)

Você já viu a nova campanha publicitária d’O Boticário? O slogan é “Acredite na Beleza” e o fio condutor está na pergunta “Não seria bom viver em um mundo sem vaidade?”.

Poderia ser uma propaganda parecida com a Campanha Pela Real Beleza, da Dove. Poderia, mas não é. Na verdade, é diametralmente oposta.

Quando a vi pela primeira vez, há algumas semanas, fiquei atônita. “Será que é isso mesmo que estão querendo dizer?!” Porque, no fim das contas, a peça publicitária é uma ode à beleza superficial, cosmética, removível com água e sabão. E a beleza de cada mulher, natural, especialíssima, pessoal e instransferível? Essa deve ser escondida sob camadas de maquiagem.

Veja bem: eu amo maquiagem – tanto que, recentemente, dei dicas aqui e no Deusário. Adoro sair de casa arrumada e cheirosa. Daí a achar que potinhos e creminhos guardam a chave da verdadeira beleza, vai uma distância enorme.

Leitura imprescindível sobre esse assunto é o texto da Cyn Cardoso (que descobri por um twitt da Tine Araujo), muito mais completo que este. Nos comentários de lá, já há polêmica – algumas garotas amaram a propaganda e dão a maior força ao conceito de beleza que ela traz. Veja o vídeo (a Cyn Cardoso o colocou no artigo dela) e responda: para você, O Boticário errou o tom?