Esse é o tipo de filme que fui sem esperar muita coisa. Fui porque gosto de Woody Allen, mas achei “Você vai conhecer o homem dos seus sonhos” bem chatinho. Então, comprei o ingresso sem nenhuma pretensão, só porque entre tantos filmes chatos, um filme chato do Woody Allen não é tão chato assim. E qual não foi minha surpresa ao ser levada por uma viagem no tempo, cheia de charme. E mais, Allen me fez sentir alguma simpatia por Owen Wilson como ator.
Não posso contar muita coisa do filme, porque não quero estragar surpresas. O trailer espertíssimo, não conta absolutamente nada, então não sou eu quem vai tirar de você a chance de dar uma boa risada. Porém, além de toda mágica e energia do filme, há uma mensagem muito bacana. Sobre como nos prendemos a um passado idealizado e esquecemos do presente cotidiano. Há a dança, as frases de efeito, as grandes mentes, os clássicos, mas não podemos ficar presos a um passado em que não somos realmente alguém.
O filme é como um brioche. Provavelmente não mudará sua vida, mas será uma ótima experiência degustá-lo. A música é deliciosa, os figurinos preciosos, há milhares de cenas deslumbrantes de Paris, mas bom mesmo é sentar e se jogar nesse céu impressionista ou nos rinocerontes surrealistas. Rinocerontes!
3 respostas em “Meia-Noite em Paris”
Fui com a mesma pretensão e amei o filme!
Curti muito. Rinocerontes virou piadinha íntima agora. Gostei muito do texto também e da comparação com brioches. Como sou gulosa, comi três 😉
[…] #Filme de 2011: Meia-noite em Paris. Adorei, chorei, gritei, cantei. Essas coisas ridículas todas. Levei todo mundo para ver. No total foram cinco idas ao cinema, sozinha ou acompanhada. Nem tenho o sonho de ir a Paris, mas é certamente meu tipo de filme. Simples, bonito, com boas piadas e mágica. Adoro filmes que contam histórias malucas e surreais com uma boa música. Leva meu prêmio de melhor diretor para Woody Allen. Escrevi sobre no LuluzinhaCamp. […]