Hoje, o post vem mais tarde porque pela manhã participei da II Marcha Nacional Contra a Homofobia, que contou com 5 mil pessoas. Marchamos contra a homofobia, o machismo e o racismo. Marchamos por um mundo mais igualitário e pelos direitos humanos. Marchamos para que a discriminação deixe de causar tanta violência em nosso pais.
A homofobia não é um problema que afeta apenas a população LGBT. Ela diz respeito também ao tipo de sociedade que queremos construir. O Brasil só será um país democrático de fato se incorporar todas as pessoas à cidadania plena, sem nenhum tipo de discriminação. O reconhecimento e o respeito à diversidade e à pluralidade constituem um fundamento da democracia. Enquanto nosso país continuar negando direitos e discriminando lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais não teremos construído uma democracia digna desse nome.
Trecho do Manifesto da II Marcha Nacional Contra Homofobia
Uma das grandes comemorações da Marcha foi a recente decisão do STF que reconheceu a união estável entre homossexuais. As pessoas desceram em marcha até a frente do Supremo Tribunal Federal, estenderam a imensa bandeira arco-íris e se abraçaram numa grande manifestação de agradecimento. Uma vitória que nos enche de esperança.
Afinal, se as pessoas de preferência heterossexual só podem se realizar ou ser felizes heterossexualmente, as de preferência homossexual seguem na mesma toada: só podem se realizar ou ser felizes homossexualmente. Ou “homoafetivamente”, como hoje em dia mais e mais se fala, talvez para retratar o relevante fato de que o século XXI já se marca pela preponderância da afetividade sobre a biologicidade.
Logo, é tão proibido discriminar as pessoas em razão da sua espécie masculina ou feminina quanto em função da respectiva preferência sexual. Numa frase: há um direito constitucional líquido e certo à isonomia entre homem e mulher: a) de não sofrer discriminação pelo fato em si da contraposta conformação anátomo-fisiológica; b) de fazer ou deixar de fazer uso da respectiva sexualidade; c) de, nas situações de uso emparceirado da sexualidade, fazê-lo com pessoas adultas do mesmo sexo, ou não; quer dizer, assim como não assiste ao espécime masculino o direito de não ser juridicamente equiparado ao espécime feminino ? tirante suas diferenças biológicas ?, também não assiste às pessoas heteroafetivas o direito de se contrapor à sua equivalência jurídica perante sujeitos homoafetivos. O que existe é precisamente o contrário: o direito da mulher a tratamento igualitário com os homens, assim como o direito dos homoafetivos a tratamento isonômico com os heteroafetivos.
Trechos do voto do Ministro do STF Ayres Brito.
E lembre-se, você não precisa marchar nas ruas para lutar contra a homofobia e outros preconceitos. É sempre muito bom ir às ruas mostrar para os intolerantes que somos muitos, mas você também pode se informar e esclarecer outras pessoas. No caso da homofobia, conheça o PLC 122 e o programa Escola Sem Homofobia além de outras políticas públicas LGBT’s. Apoie, critique, discuta, mas sempre baseando-se em informações corretas, não em factóides que espalham mentiras e emperram nossa comunicação. O amor deve andar livre pelo mundo, junto com o respeito e a diversidade. Há um álbum no meu flickr com fotos do dia de hoje. E recomendo posts de outras Luluzinhas que também apóiam o amor e os direitos de todos os brasileiros serem felizes, sem exceção:
[+] Dia Internacional do Combate a Homofobia da Cintia Costa
[+] Dia Internacional do Combate à Homofobia da Monise, com bela seleção de bolos temáticos.
[+] Inspirações para casamento gay uma bela seleção de fotos feita pela Cintia Costa
[+] A polêmica da #UniãoHomoafetiva e #ChupaMalafaia da Evangelista
[+] PLC 122 – Você Precisa Conhecer! e 17 de maio: Dia Mundial e Nacional Contra a Homofobia +2 posts meus.
3 respostas em “Contra a Homofobia!”
Parabéns pela postagem (e pelo pique!) Ótimas fotos. Eu estava lá, dentro do Supremão, vendo o abraço simbólico e pensei: Puxa, eles deveriam cantar o hino nacional…
E cantaram.
Fiquei emocionada.
Mudar as leis é a parte fácil. O desafio é mudar a cabeça das pessoas.
Lutemos!
Roberta, super obrigada pelo comentário. Acho que mudar a lei é o primeiro passo quando as pessoas não querem mudar suas cabeças. Respeito tem que ser exigência.
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