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Juntas somos fortes

“Companheira me ajuda, eu não posso andar só. Eu sozinha ando bem, mas com você ando melhor”


Ontem em São Paulo, Rio de Janeiro e várias outras cidades do Brasil aconteceram manifestações chamadas Por Todas Elas. Organizadas por vários coletivos feministas o foco era o caso da adolescente estuprada por 33 homens no Rio. Elas são as 9265 vítimas dessa violência que prestaram queixa no ano passado no estado de São Paulo. Elas são as 3242 mulheres que de janeiro a abril deste ano relataram os abusos que sofreram, também em São Paulo. Elas são as mulheres que são estupradas a cada 11 minutos em todo o país. Elas somos todas nós, mulheres, que temos medo de andar sozinha a noite, de andar em ruas escuras, de voltar a pé do metrô, de usar roupas curtas.


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Foto: Juliana Colombo


“1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33”


Esse crime gravíssimo contra uma adolescente chamou a atenção de todo o país, evidenciou machismos e como para muitas pessoas a vítima sempre tem grande parcela de culpa. O termo Cultura do Estupro passou a ser usado fora dos nichos feministas. As discussões que surgiram por conta desse absurdo são muito importantes e não podem esfriar.
O ato, apesar de sempre lembrar esse caso, chamou a atenção de outros retrocessos que as causas feministas vem sofrendo no país.


“Direito ao nosso corpo
Legalizar o aborto”


A legalização do aborto até a 12ª semana de gestação é um tema recorrente em manifestações feministas. E nesta quarta feira não foi diferente. Diversas músicas entoadas pelo grupo trataram desse tema que tem se tornado comum nas rodas de conversa, mas ainda é velado, criminalizado. Mulheres, principalmente negras e pobres morrem todos os anos em decorrência de procedimentos mal feitos. O dado mais recente que encontrei é de 2013 e segundo ele mais de 200 mil mulheres eram internadas na rede publica em decorrência de complicações do aborto.


“A Cada 11 minutos. Uma mulher é estuprada no Brasil. A culpa nunca é da vítima.”


A agenda feminista parece não ter fim. Cada manifestação traz mais um ponto que a sociedade precisa discutir. Até que sejamos de fato tratadas como iguais aos homens, não sairemos das ruas. Até que nossos corpos deixem de ser objetos. Até que nossas causas deixem de ser piada. Até que não sejamos vistas como menor, só por ser mulher. Vamos às ruas.


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Nem a chuva enfraqueceu a luta Foto: Juliana Colombo


Juntas somos mais fortes
Eu mulher, negra, resisto
Moça, a culpa não é sua, é do estado
Mexeu com uma, mexeu com todas
Para ela, a culpa, para eles, a desculpa
Eu não preciso de proteção, eu quero a sua reinvenção


*As aspas do texto são músicas cantadas durante o ato, e as frases que fecham foram tiradas de cartazes, camisetas e pixos do ato.
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#Luluzinhacamp2015 – Oficina de Coaching

Entre as várias rodas que aconteceram no LuluzinhaCamp 2015 uma bem interessante foi a dinâmica de coaching que a Patrícia Martins de Andrade, da YBR fez com a gente. Nos últimos encontros do grupo a Patrícia tem feito diferentes dinâmicas com as Luluzinhas, que fazem com que a gente pare e olhe para nós mesmas. A partir dessa auto-observação, conseguimos entender um pouco porque agimos de determinadas formas e se é válido – e possível – mudar algumas coisas em nós.

Dessa vez, Patrícia propôs uma análise SWOT. Quem trabalha, ou estuda, com marketing e propaganda está acostumado com o termo [ou sua versão em português, a análise FOFA] aplicado a empresas, marcas, mercados. SWOT significa Strenght, Weakness, Oportunity, Threat [ou em português, FOFA – Força, Oportunidade, Fraqueza, Ameaça], e são esses quesitos que são analisados com essa ferramenta. No coaching esse estudo é voltado para a pessoa.

Você pode tentar fazer essa autoanálise depois de ler esse post. Pegue uma folha de papel e divida-a em quatro quadrantes. Agora, marque cada um como Força, Fraqueza, Oportunidade e Ameaça. Veja como preencher cada um deles agora.

Análise_swot

 

Quais os meus pontos fortes?

São aqueles pontos que são positivos em mim, o que pode me ajudar a atingir algum objetivo, realizar alguma coisa. Para algumas pessoas esse ponto é bem difícil, lembrar de características que são elogiadas, atitudes que você toma e te deixam orgulhosa consigo mesma.

Ser atenciosa a detalhes, ser organizada, ter mãos firmes, raciocínio rápido, ser pontual…

Quais meus pontos fracos?

Aqui entram as características que você normalmente não gosta, e que você acha que dificultam que você vá adiante. Algumas pessoas têm dificuldade em listar esse tópico porque não gostam de admitir muitas das coisas que entram aqui.

Pouca criatividade, pouca sociabilidade, insegurança, falta de pontualidade, distraída, desorganizada…

Quais as oportunidades que eu tenho, de maneira palpável, na minha vida?

Aqui são as coisas que você pode realizar, dentro da sua realidade. Se você é jornalista, virar astronauta não é exatamente uma oportunidade [pode até ser, trabalhar para a NASA, fazendo crônicas, quem sabe?]. Esse é um ponto bastante particular, porque deve levar em conta suas ambições e habilidades.

Dar aula, mudar de cidade, estudar fora do país, fazer um mestrado, casar…

Quais as ameaças que podem existir para que eu execute essas oportunidades?

Aqui você deve cruzar as oportunidades com suas fraquezas, e ver o que te impede de realizar as coisas que você deseja fazer.

Demora em executar os planos, paralisia, falta de dinheiro…

 

Luluzinhas durante a oficina de coaching
Luluzinhas durante a oficina de coaching

A partir dessa análise, principalmente das fraquezas e ameaças, você começa a traçar alternativas, formas de contornar as ameaças. Se o meu problema é não ter dinheiro para abrir um negócio, posso procurar um investidor. Se meu nível de inglês não é bom, mas a melhor especialização que posso fazer é nos Estados Unidos, começo a fazer aulas, e assim por diante.

Fez a sua análise SWOT? O que achou? Vamos começar a fazer diferente e atingir os objetivos?

Se você achou legal a dinâmica, conheça o trabalho de coaching da Patrícia. No fim de semana dos dias 7 e 8 de novembro acontece a maratona de coaching YBR e Trampos, e pode ser uma ótima chance de começar a mudar.

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No & Low Poo – O que é?

[Este post é resultado de uma discussão interna do LuluzinhaCamp]
No Poo e Low Poo são duas técnicas menos agressivas para cuidar dos cabelos, e que estão se tornando cada vez mais conhecidas.

O No Poo significa lavar o cabelo sem o uso de shampoo, os adeptos fazem a limpeza com produtos que não danificam o cabelo e a pele.

Low Poo é o uso de shampoos sem substâncias nocivas, como os sulfatos. O método de lavagem tradicional, com qualquer shampoo/condicionador muitas vezes deixa resíduos fazendo o cabelo ficar ressecado, sem vida.

As duas técnicas “proíbem” o uso de substâncias como sulfatos, óleos minerais, petrolatos, parafinas. O No Poo inclui a essa lista os silicones insolúveis.

 

no-poo-low-poo

Os sulfatos são detergentes muito fortes, que tiram as sujeiras, e também toda a oleosidade natural [e boa! ] do cabelo, todos os tratamentos hidratantes, enfim, tudo que estiver no caminho. Já os óleos, petrolatos, parafinas e silicones, são vendidos como hidratantes, mas eles agem apenas nas cutículas externas do cabelo, não hidratando profundamente, e impedindo que o cabelo absorva hidratação do meio. Eles criam uma capa, parecendo que o cabelo está hidratado, macio e sedoso, mas na verdade, a longo prazo, acabam prejudicando os fios.

Vou começar explicando mais sobre o No Poo:

Originalmente, No Poo era lavar os cabelos sem o uso de qualquer tipo de cosmético, então muitas pessoas usam apenas bicarbonato de sódio e Vinagre de Maçã. A Denise Rangel é uma dessas pessoas e diz que tem ótimos resultados. Ela fez até uma série de posts no Sturm und Drang contando como foi a mudança de produtos tradicionais para esta técnica.

Numa discussão no nosso grupo de e-mails sobre No e Low Poo, a bióloga Suzana Elvas falou um pouco do que acontece ao usar bicarbonato e vinagre nos cabelos.

“Ácido + base = sal + água. A gente foge de xampus com sal na fórmula e entope a cabeça com o mais básico deles toda a vez que lava a cabeça com bicarbonato e vinagre.

A longo prazo – bem longo, mas de maneira quase irremediável – a gente destrói o cabelo usando essa técnica. Quando você põe bicarbonato – diluído ou não – abre as escamas bem abertas, expondo a medula do fio no único lugar onde ele ainda tem vida (porque cabelo é tecido morto, como as unhas): perto da raiz. Aí você joga o vinagre e as escamas fecham. E você fica nesse abre e fecha e o resultado, depois de uns dois anos, é que o pedaço que estava perto do couro cabeludo cresce e o cabelo, depois de semanas, meses de abre-e-fecha, tá uma palha e o couro cabeludo, depois de um longo desequilíbrio da camada de lipídio, não sabe mais pra que lado correr.”

“Mas então, como é que faz pra limpar a cabelêra sem usar shampoo, e sem usar bicarbonato?”

O No Poo se baseia numa técnica chamada co-wash, ou seja lavar o cabelo com condicionador. É, parece estranho, mas dessa forma você não perde tanto a oleosidade natural do cabelo. Algumas pessoas usam uma mistura de condicionador [sem todos aqueles químicos] com o cocoamidopropil betaine, que ajuda a limpar o cabelo, mas de maneira menos agressiva que os sulfatos. E depois passar leave-in, gel, enfim, finalizar o cabelo como sempre

No caso de Low Poo você pode fazer o processo normal de cuidar do cabelo: shampoo, condicionador, finalizador, hidratação uma vez por semana, etc. com os produtos que não tenham aquelas substâncias na fórmula. É legal intercalar o uso do co-wash também para que o cabelo mantenha a hidratação natural.

Eu comecei a pesquisar, levei esse debate para o grupo de e-mails do LuluzinhaCamp, e agora estou abrindo o assunto aqui no blog, porque cada vez mais pessoas estão se interessando por alternativas para se cuidar. Escrevendo o texto conheci o canal do Youtube de uma fofa chamada Mari Morena. Neste vídeo ela explica de uma forma simples como funciona o No e Low Poo.

 

Se você se interessou por tudo que falei, veja os outros vídeos da Mari, procure grupos no Facebook sobre o assunto, escreva nos comentários, pesquise bastante! Esta lista de produtos liberados para técnica ajuda bastante quando você está começando a entender.

Estou há duas semanas fazendo o Low Poo e acho que ele está mais macio, mais ondulado. Mas vale lembrar que o processo demora a mostrar grandes resultados, principalmente se você costuma usar química no cabelo. O cabelo vai passar por um tipo de detox e então ficar lindo. E outra coisa importante: cada cabelo tem suas características, os produtos que dão certo pra uma podem não dar certo pra outra. Se você acha a ideia legal, pesquise, teste, experimente, e dê tempo ao cabelo.

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LuluzinhaCamp também tem receita!

Entre as delícias de um LuluzinhaCamp estão as comidas que a mulherada leva, doces ou salgadas. Algumas das meninas preparam as comidas, outras já levam prontas. Tem espaço pra tudo.
Eu, Elisa Mafra, trabalho com confeitaria. Eu preparei uma das minhas receitas favoritas, e ainda levei tudo pra ensinar lá no evento como se faz um Cheesecake de Nutella.

Como receita boa a gente sempre passa pra frente, vou compartilhar com quem não estava lá, mas também é fã de um doce.

A receita é fácil, rápida, não vai ao forno, e ainda pode ser feita com ajuda dos pequenos.
O cheesecake pode ser colocado no congelador por até três semanas, caso esteja bem embalado. Uma dica legal é tirar os ingredientes da geladeira um tempo antes do início do preparo, assim, a manteiga e o cream cheese estão melhores pra trabalhar.

Ingredientes
Base:

  • 120g bolacha maisena triturada
  • 50g [2 1/2 col. sopa] manteiga
  • 50g [2col. sopa] nutella

Recheio:

  • 300g nutella
  • 180g Cream Cheese
  • 50g Açúcar Confeiteiro

Modo de preparo:
Misture a manteiga, a bolacha já triturada e a nutella com as mãos, até formar uma massa firme quando pressionada. Coloque essa camada no fundo de uma assadeira, ou refratário, e leve a geladeira, enquanto prepara o recheio.
Misture todos os ingredientes até ficar homogêneo. Pode ser feito na batedeira ou na mão, usando uma espátula.
Coloque o creme sobre a base do cheesecake e leve à geladeira por pelo menos 3 horas para endurecer.

Espero que vocês também façam e aproveitem muito!