Elas estrearam com transmissão e tudo. Orgulho. Enquanto a LuMonte e a Srta Bia e todas as outras não vêem aqui contar tudo, tudo, tudo, fiquem com o vídeo do encontro de ontem.
Autor: Lucia Freitas
Encontro Real à vista: venham, venham
Dia 29 tem Encontro Real no ateliê da La Reina Madre. Eu estarei lá, Zel também… venham.
Enquanto isso, no campo da estatística…
Imagem: Rosie the Blogger, de Mike Licht, NotionsCapital.com sobre obra de Howard Miller
Pela primeira vez em seus poucos meses de vida, o blog ferveu. Os comentários do post de Esclarecimento, escrito colaborativamente em nosso grupo de discussão, estão fervidíssimos, cheios de controvérsia. E hoje (ontem) a Tine Araújo publicou um trecho da Pesquisa Blogueiros, feita pelo Receita de Sucesso, que vem a calhar. (Conselho de Joaninha: Pedro e Tine, preparem-se para comentários inflamados).
A Tine, que acompanhou de dentro toda a produção do nosso Esclarecimento – sim, vivemos tempos iluministas – cruzou os dados da pesquisa para tentar um panorama específico: quem são as blogueiras brasileiras? Ela descobriu, com os dados disponíveis:
- a idade média das luluzinhas é de 27 anos, 55,52% delas tem apenas um blog, assim, quase 45% possuem mais de um blog, 19,87% são encontradas em São Paulo, enquanto 13,56% estão no Rio de Janeiro. Porto Alegre (5,36%), Curitiba (4,42%) e Brasília (2,84%) são as outras capitais bem colocadas.
- Apenas 18,3% das mulheres utilizam seus blogs como diário virtual.
- Os outros termos citados pelas blogueiras como sendo temas de seus blogs são: Música, tecnologia, meio ambiente, educação, comportamento, moda, beleza, saúde, design, fotografia, programação, animais, farmácia, jurídico, política, esportes, viagens, curiosidades, culinária, sexo, humor, família e até de motores de barco.
Comentários estão abertos, podem ficar à vontade que a casa é pública e aceita comentários.
Para saber mais sobre a pesquisa:
Professora Luiza Lobo,
Somos um grupo de mulheres blogueiras, que têm vários temas diariamente (ou quase) em nossos blogs. Ouvimos sua entrevista para a Rádio CBN no último dia 1º de novembro. A senhora falava sobre seu livro “Segredos Públicos: Os Blogs de Mulheres no Brasil”. Na ocasião, a senhora foi categórica em afirmar: a produção feminina em blogs tem a característica do diário, do texto confessional, da exposição pública de sua vida privada. Por outro lado, homens fazem blogs de notícias.
Ficamos realmente indignadas com a sua generalização. Uma de nossas companheiras, inclusive, escreveu para a senhora e recebeu uma resposta, digamos, arrogante (como não temos permissão para publicar, não o faremos). Sentimos falta, em sua entrevista, do que lemos diariamente em nossos leitores de feed.
Será que a senhora entende realmente o que é um blog? Das redes que podem – e devem – se formar em torno deles? Das conversas que proporcionam. Da linkania resultante? Das comunidades que se encontram felizes, como a nossa, ao vivo e compartilham seus conhecimentos, experiências?
Blog, professora, é uma ferramenta de publicação na web. Nada mais e nada menos que uma ferramenta. Como tal, não conhece preconceitos de gênero. Homens e mulheres podem, livremente e sem prejulgamentos, utilizá-los para expor suas idéias, quaisquer que sejam. Tentar reduzi-los a gênero – seja ele sexual ou literário – é só isso; reduzir porque não dá conta de entender a complexidade do novo, seu caráter rizomático e sua filosofia absolutamente livre.
Algumas pessoas optam em fazer blogs confessionais. Outras preferem trilhar o caminho da ficção. Há aquelas que fazem blogs noticiosos e há quem prefira escrever blogs opinativos. Alguns blogs são coleções de links, outros expõem trabalhos manuais, ou quadrinhos, ou poesia. Há blogs especializados em qualquer tema que a senhora imaginar. Há blogs de variedades. Há blogs que são uma extensão da profissão, como os produzidos por colunistas da imprensa. Outros são, em si mesmos, uma profissão. Alguns são escritos por uma única pessoa, outros por uma coletividadade.
Existem, ainda, blogs que passam por fases diferentes, temas diferentes, estilos diferentes. E há aqueles que levam hoje uma notícia ao leitor, amanhã conterão um relato pessoal e no dia seguinte apresentarão uma opinião sobre um filme.
Vê, professora, como não há somente blogs confessionais ou noticiosos? Percebe como essa distinção, frequentemente, não é absoluta, e certamente não é excludente?
Saiba, professora, que há mulheres fazendo todos esses tipos de blogs – e outros mais. Fizemos uma coleção de blogs para a senhora ler. É grande, verdade. Mas expressa o tamanho e o volume de nossa produção nesta maravilhosa rede chamada internet.
Felizmente, vivemos em um mundo diferente daquele em que a mulher tinha de esconder pensamentos, emoções e ambições num diário guardado a sete chaves. Felizmente, hoje elas podem se expor – e isso é um avanço.
Por outro lado, afirmar que homens não falam sobre sua intimidade em blogs é de uma generalização desarrazoada, não somente porque há vários blogs confessionais escritos por homens, mas também porque mesmo blogueiros não-confessionais dedicam, por vezes, um espaço em seus blogs para falarem de si mesmos.
Deduzir que a literatura feminina em blogs é confessional é negar às mulheres seu potencial criativo, sua habilidade para tecer ficção.
Dizer que blogs de viagens (ou travel blogs, como prefere) escritos por mulheres são interessantes porque relatam os problemas que elas têm de enfrentar sozinhas durante a viagem é assumir que esse enfrentamento não acontece no cotidiano, independentemente de gênero. Além disso, é ignorar a vastidão de temas abordados por blogs de viagens.
Concluir que textos femininos em blogs são necessariamente subjetivos é negar-lhes seu poder de observação sobre o mundo que as cerca. É excluir-lhes a capacidade de compor textos noticiosos ou científicos. É ignorar sua participação no mercado de trabalho e seus relatos sobre esse mesmo mercado.
Ficamos pensando: será que as pessoas que ouviram sua entrevista e não são blogueiras como nós acreditaram em suas palavras? Gostaríamos de pensar que não, mas sabemos que, sim, provavelmente acreditaram na professora doutora que publicou um livro sobre o tema.
Provavelmente, vão entender que blogs femininos realmente são pessoais e somente pessoais. Possivelmente, da próxima vez que se depararem com um blog escrito por mulher, vão lembrar-se da sua entrevista e prejulgar o texto. Certamente, ao encontrarem um blog masculino confessional lançarão sobre ele um olhar preconceituoso. Porque, professora, pessoas sem conhecimento direto sobre algum assunto tendem a acreditar em acadêmicos supostamente especialistas.
Lamentamos, sinceramente, o desserviço que a senhora prestou aos blogueiros e blogueiras, reduzindo tão drasticamente a diversidade de suas produções. Repudiamos a visão estereotipada e sexista da produção em blogs que sua entrevista transmitiu.
Acreditamos, no entanto, que não houve má intenção no seu discurso. Por isso, anexamos a esta carta uma relação de blogs femininos especializados nos mais variados assuntos: de futebol a tecnologia, de moda a automobilismo. Esperamos que tenha interesse em conhecê-los.
Finalmente, queremos frisar que admiramos profundamente as blogueiras que fazem textos confessionais belos e inspiradores. Valorizamos esta produção, consumimos e produzimos este mesmo tipo de material. No entanto, blogs confessionais são apenas uma parte do universo de blogs femininos. Não cometa o erro de tomar o todo pela parte.
Atenciosamente,
Mulheres Blogueiras da Lista de Discussão LuluzinhaCamp
A lista dos blogs que sugerimos está na página Blogs Femininos
Uhu! Vai começar a corrida de novo: vem aí o Luluzinha 2.0. A tentativa da dona Roberta, lá no nosso grupo de discussão colou. Já temos uma lista de voluntárias para trabalhar, dona Zel (que está afastada do grupo), também já adorou a idéia. A única paulistana que muito provavelmente não conseguirá estar presente é nossa Rainha soberana. Explica-se: a data que escolhemos é pertinho do aniversário do Infante e ela quase com certeza não estará. É uma pena, mas assim é a vida.
Já definimos data: 14 de dezembro, domingão (para nossas estudantes darem conta de suas obrigações acadêmicas). Os Luluzinhas regionais, desta vez, com certeza vão sair. Quero só ver quem é que vai conseguir vir pra Sampa na beiradinha do Natal – Patty Müller, prestenção que você é de pertinho, tá convocadíssima 😀
Também já definimos, lá na lista, atividades básicas: oficina de automaquiagem; bazar de troca e amigo secreto surpresa.
A oficina de automaquiagem já conta com o apoio de Lu Soldi. Lu Freitas, que vos fala, já convocou a dupla dinâmica Marcelo Comino e Domingos, os santos que me transformam em deusa para todas as ocasiões – e que ainda não confirmei, mas como é domingo, eles podem vir (e isso está em votação).
O bazar de troca a princípio, vai funcionar assim: cada uma traz 5 peças que quer trocar (em bom estado, que a gente é exigente e gosta de coisa boa, né?). A princípio, o funcionamento é na base do “vale-troca”. Você leva o que quer dar, ganha um tiquetezinho (designers, passinho à frente) e pode trocar por outra coisa que também está lá. Vamos conversar esta mecânica lá no grupo, ok?
Amigo secreto surpresa: vamos fazer amigo secreto, meninas? A gente define um valor igual para todo mundo (baratinho) e faz sorteio na hora. (ou organiza on-line, mais um pra vocês votarem).
Quem quiser participar das nossas conversas, é só entrar no grupo – leiam bem direitinho as regras, que a gente é divertida, simpática e bacana, mas também somos bravas. Só mulheres são bem-vindas, de novo.