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Encontros

LuluzinhaCamp SP #11: dia 24 de março, venham!

Está no ar a nossa chamada para o primeiro LuluzinhaCamp de 2012 em SP. Um encontro para comemorar o fato de sermos mulheres, empreendedoras, lutadoras. Por isso mesmo a nossa principal atração será um bate-papo com a Zel e a Denize Barros, da Ilha Dodô, que vão falar sobre empreendedorismo.

A Gabi Butcher e sua assistente mais que especial #aos7 (à beira de ser #aos8) farão FotoRecado (uma hora só, não atrasem)

Teremos um lançamento especial que estará aqui no LuluzinhaCamp – feito para todo mundo – e que será explicado pela Cecília.

E vamos fazer bazar de trocas, sim senhoras.

Como funciona

  1. Faça a sua inscrição
  2. Pague (no botão do PagSeguro, lá embaixo, no serviço)
  3. Reserve a tarde do dia 24 de março (das 14h às 18h)
  4. Prepare um quitute (doce ou salgado) e leve bebidas
  5. Separe o que tem para trocar (em bom estado)
  6. Prepare o espírito para bons encontros

Desta vez não consegui agitar uma ação social para a gente ajudar. Se alguém tiver uma boa ideia/indicação, fala nos comentários ou no grupo de discussão e a gente tenta implementar, ok?

Serviço:

LuluzinhaCamp SP #11

Onde: The Hub – Rua Bela Cintra, 409, Consolação (link para o google maps: http://bit.ly/A3UbRS)

Quando: 24 de março, das 14h às 18h

Quanto: R$ 25,00










Há limite de vagas. Corram!

 

 

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Teste da Violência Obstétrica – Dia Internacional da Mulher – Blogagem Coletiva

Ok, a gente tá devendo o post de Por Amor à Vida. A gente já falou de violência obstétrica aqui no blog. Por isso mesmo fomos convidadas a participar, no Dia Internacional da Mulher, desta blogagem coletiva. Não, eu não vou repetir o que já foi dito. Leia: https://www.luluzinhacamp.com/a-violencia-obstetrica-em-pauta/

E aproveite para responder o questionário que a mulherada preparou.

A comemoração do tal Dia da Mulher? A gente faz todo dia, a cada pequena vitória, a cada caso bom, a cada superação de mais um limite. Venham!

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Ações e Campanhas

Por Amor à Vida: blogagem coletiva pelas mulheres

gorgone, kaneda99, CC-BY-NC-ND

Aí, no fim do ano passado a fofa da Liss propôs uma blogagem coletiva: Por amor à Vida. Quando li o documento, abracei. Porque a gente vê o tempo todo as forças gigantes que tentam nos transformar em cópias umas das outras.

Não resisto! O texto de apresentação da Liss é tão bonito, que vai aqui:

Entendo por “amor a vida” o respeito ao diferente, o respeito às etnias, as religiões, as variadas formas de pensar, ao direito humano previsto na constituição de ir e vir.

Amor à vida inclui amar a liberdade de ser mulher, de ser você, de ter sua essência e expô-la no mundo da forma que acha melhor.

Amor à vida é cada um viver a sua vida, sem interferir na vida do outro, sem estragar o mundo, maltratar os animais, depredar o meio ambiente, é muito amplo, mas em síntese é: cuidarmos de nossa essência, dos nossos amigos, familiares, dos nossos valores do nosso MUNDO!

Amor à vida é abafar qualquer tipo de violência, julgamento e maldade. Mesmo que isso seja utópico, acredito que que ter amor a vida começa dentro de nós, espalha-se pelo nosso mundo e pode “contaminar” o mundo todo… “Amor a vida” é fazer a nossa parte!

O objetivo desta blogagem:

Disseminar de forma pessoal a cultura de PROTEÇÃO a mulher, a vida e as diferenças humanas.

Divulgar o pensamento de que todas as pessoas têm o direito de preservar sua identidade e seus valores dentro da sociedade de forma que não fira o direito do outro.

Alertar as leitoras do perigo iminente no uso sem restrições da internet, alertar sobre a cultura de violência que se “espalha” e sobre os riscos que existem no nosso dia-a-dia.

A nossa proposta:

Conte uma história, faça uma entrevista, um post de serviço sobre como se proteger em caso de violência. Entre os dias 5 e 9 de março – sim, na semana do Dia da Mulher – vamos falar sobre isso. FAÇA O LINK PARA ESTE POST!!!

E a gente vai completar a história off-line, ao vivo e a cores, no dia 11 de março, com uma proposta de outra querida, a Cecília Santos: caminhada e bicicletada de protesto contra o assédio nas ruas (e segurança da gente na cidade). Que termina com piquenique no Ibirapuera. Estamos todas (as que moram em SP) convidadas.

A gente vai fazer post só sobre a caminhada/bicicletada de protesto, ok?

P.S: para quem quiser, aqui está o selinho da blogagem:
Por Amor à Vida
<a href="https://www.luluzinhacamp.com/por-amor-a-vida-blogagem-coletiva-pelas-mulheres/"><img class="alignnone" title="Por Amor à Vida" src="http://luluzinhacamp.com/wp-content/uploads/2012/03/amoravida_03.png" alt="Eu sou uma Luluzinha!" width="233" height="231" /></a>

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Notícias

A gente não aceita violência. Ponto

Campanha da ONU

A razão da blogagem coletiva de hoje é simples: não dá pra aceitar violência contra a mulher. Ponto. Enquanto o ditado diz “segure a sua cabrita porque meu bode tá solto” ou o homem acha que pode mandar na mulher, continuamos a ver casos estarrecedores de violência.
Por isso, o LuluzinhaCamp e as Blogueiras Feministas – somos irmãs – se juntaram para na véspera do Carnaval falar disso.
A lista de posts é longa. E vamos atualizar ao longo do dia. Leiam, comentem, compartilhem.

Hediondo: estupro coletivo, por Prix
Não podemos nos calar diante de tanta violência!Para que nenhuma mãe tenha que chorar a morte de uma filha…para que nenhuma mulher tenha seu corpo violado… quem silencia é conivente e coninvência é CRIME!]

Um crime hediondo como presente de aniversário, De Salto Alto
O plano não saiu como o previsto. Durante as violações sexuais, Michele, 29, e Isabela, 27, (duas das mulheres que foram agredidas) lutaram com os estupradores e os reconheceram: eram seus amigos e, pasmem, o ex cunhado de Isabela e o aniversariante. Por terem reconhecido os agressores, foram levadas da festa e mortas em seguida.

Horror: Estupro coletivo na Paraíba por Juliana Marotti
Eu estou completamente chocada, indignada, perplexa. E eu realmente espero que esses monstros sejam julgados e condenados aos 30 anos de prisão permitidos pela legislação brasileira.
E meu irmão que é advogado ainda diz que é injusto você acabar com a vida de uma pessoa deixando-a presa por 30 anos ou pelo resto da vida, por causa de um erro que ele cometeu. (…)
E, mais que tudo, espero que eles sejam julgados por uma JUIZA, porque homem nenhum consegue compreender quão sagrado seu corpo é para uma mulher.

Ser paga ou ser pega – a lógica da propriedade e o estupro de Queimadas, por Renata Corrêa
Choca saber que coletivamente esses homens resolveram estuprar essas mulheres. Que nenhum deles teve a consciência e o desejo de dar um basta nesse plano macabro antes que ele acontecesse. Choca, mas se a gente parar pra pensar nos crimes sexuais que são noticiados quase que diariamente, todos eles seguem o mesmo tipo de pensamento: mulheres não são pessoas. Mulheres são coisas e devem ser tratadas como tal.

Blogagem coletiva: Estupro não é presente!, por Elisa Mafra
Já está tudo errado aí, mas o que mais me choca e me assusta é que tudo isso foi obra de um cara que quis dar isso de presente para o irmão mais novo. Agora estupro é presente. O que houve com o mundo para chegarmos nisso, num ponto em que estuprar 6 mulheres é um presente para alguém querido?

Blogagem coletiva: Repúdio ao caso de estupro como presente de aniversário, por Lia de Lua
Não se passa um só dia sem que os jornais noticiem mais um femicídio. Sem contar todos aqueles que não são divulgados, as violências que não matam mas resultam em profundos ferimentos físicos e psicológicos, o exercício do poder tirânico de subjugar as mulheres moral, econômica, psicológica e fisicamente.

Choramos por vocês, mulheres da Paraíba, por Lucia Freitas
Enquanto isso a gente se arrepia ao pensar em mulheres sendo amarradas, vendadas, amordaçadas e estupradas em uma festa. De caso pensado. Ok, eles estão presos. A delegada que investiga o caso parece estar cumprindo seu papel lindamente. E as moças que sobreviveram? Como fica a vida delas?

Violência sexual e o horror, por Srta. Bia
Sabemos que vivemos numa sociedade em que as mulheres ainda são vistas como posse. Vivemos numa sociedade que ensina mulheres e cobra delas que não sejam estupradas, ao invés de dizer aos homens: não estupre! O estupro é um crime de poder e humilhação, de violação máxima do corpo. Sabemos de tudo isso. Porém, é espantoso que dez pessoas decidam promover um estupro coletivo.

Feliz aniversário, por Gabi Bianco
Este crime é muito, muito absurdo. É muito absurdo porque é inconcebível uma pessoa achar que pode dar um estupro de presente pra alguém. É absurdo porque todos os homens que estavam na festa sabiam o que ia acontecer. É absurdo porque a repercussão não chega aos pés do caso Eloá ou do BBB. É absurdo porque todos os dias mulheres são estupradas e não denunciam por medo. É absurdo porque não podemos aceitar uma violência como essa. É absurdo porque os caras que fizeram isso acreditaram que podiam estuprar simplesmente porque queriam. É absurdo. Ponto.

Mulher é gente, não presente, por Cynthia Semíramis
Esses casos são uma pequena amostra do festival de desgraças que a gente acompanha ao lidar com o tema de violência contra mulheres. Fica nítido que muitas pessoas ainda acham que mulher não tem direito de escolha, pois não entendem que mulher é gente. Tantos séculos tratando mulheres como coisas gerou uma cultura que ainda ignora a vontade das mulheres, continua tratando-as como coisas e faz o possível e o impossível para proteger os agressores, como se só eles fossem gente. Aí coloca-se a culpa na vítima (vide o comentário do policial que resultou nas Marchas das Vadias), que perdeu o status de gente pra se tornar uma coisa à mercê do agressor. Ainda temos um longo caminho pra reconhecer efetivamente mulheres como gente.

Quando a dor do outro vira diversão, por Niara de Oliveira
Quando o ser humano perde a capacidade (ou não tem) de se comover e compadecer da dor de seu semelhante não há muito mais o que fazer. Não há razão a ser chamada. Não há argumentação a ser feita. E aqui está o ponto chave desse horror. As mulheres serem consideradas objetos, coisas, que servem apenas para satisfazerem os desejos mais sórdidos e absurdos dos homens, que nos enxergam como seres de segunda categoria.

Só esclarecendo, estupro não é presente, por Nary
É um conjunto. É a maldade humana. É triste, revoltante… E dói em cada mulher que luta por ser respeitada. Não ter sua intimidade invadida, seu direito de escolha destroçado.
Dói em um nível que vai além do físico. Deve doer na moralidade de uma sociedade fria, que alimenta e permite que rapazes tão cruéis presenteiem dessa maneira.
E o pior. Dói saber que não foram os primeiros… E não serão os últimos.

Fim da humanidade, por Simone Miletic
Aí você me pergunta o que essas cenas tem em comum: pois na minha cabeça, julgue você exagerada ou não, elas tem em comum essa coisa de não se enxergar no outro. Aqueles homens não enxergavam a si mesmos naquelas mulheres e então elas se tornaram objetos, coisas a serem usadas para seu prazer.
Eles se vem como superiores à elas e a todos nós. Eles tem seu tanto de crueldade individual, mas tem seu tanto de acharem que a sociedade não punirá, de que a sociedade até aprova o que eles fizeram, afinal alguns dizem que a vítima do estupro na verdade é culpada, não é? Tem um tanto de machismo aqui, tem seu tanto de individualismo e muito, muito, de falta de humanidade.

Estupro não é fetiche, é crime, por B.
Não, isso não é uma obra do Marquês de Sade, tampouco se trata de uma simulação consentida da fantasia do estupro, isso foi uma cena real, um crime. E apesar dos detalhes sórdidos, é importante falar à exaustão sobre o assunto para que este, e outros crimes do gênero (aqui no RJ uma menina de 12 anos foi estuprada dentro de um coletivo), não caiam no esquecimento.

Gente acima do bem e do mal, por Ana Cláudia Bessa Os pais precisam cuidar melhor de seus filhos mas a sociedade precisa ajudar os pais a serem mais presentes em todas as classes sociais. (…) Estupro é crime e ponto final. Apenas acho que não podemos ignorar que precisamos melhorar os valores dados a homens e mulheres desde a infância.

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Estupro coletivo não é presente: é crime organizado


Mulheres em choque. Este é o único jeito de descrever as nossas reações ao estupro coletivo que aconteceu na cidade de Queimadas, Paraíba, no dia 12 de fevereiro. Se o mundo ainda não acabou, por favor, encerrem as atividades agora.
A história é sórdida: um estupro coletivo oferecido como presente de aniversário de um irmão para o outro. Os dois irmãos que organizaram o evento teriam simulado um assalto, com a ajuda de outros homens, para violentar as mulheres convidadas, usando capuzes e máscaras de carnaval. Seis mulheres foram agredidas e estupradas. Duas delas, Michele Domingues da Silva (29 anos) e Isabela Pajussara Frazão Monteiro (27 anos), identificaram seus algozes e por isso foram assassinadas.

Michele e a professora Isabela (Foto: Reprodução/TV Paraíba)

Na tarde da quarta-feira (15), os sete homens presos por suspeita de participar dos estupros de seis mulheres e mortes de duas, foram transferidos para o presídio de segurança máxima PB1, localizado em João Pessoa. Além dos sete adultos, há três adolescentes detidos. Eles foram ouvidos e levados para o Lar do Garoto, abrigo provisório localizado na cidade de Lagoa Seca.
Claro que depois de noticiar a história a imprensa não levou a história à frente. Por isso, em conjunto com o Blogueiras Feministas, o LuluzinhaCamp faz questão de convocar: publique um texto em seu blog amanhã, dia 17 de fevereiro, para que esta história não seja esquecida. E para que todas as mulheres vítimas de violência ganhem justiça – e atendimento adequado.
Para saber mais:
Homens teriam planejado estupro coletivo como presente de aniversário na PB
Estupros em festa com duas mortes na PB foram planejados, diz delegada
Sete suspeitos de estupro coletivo chegam a presídio em João Pessoa
A Lola publicou texto também: http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2012/02/estupros-como-presente-de-aniversario.html