Luluzinhas no #portocainarede, foto: Cardoso
Convoquei as Luluzinhas, lá no nosso grupo de discussão, para escrever um pouco sobre nosso fazer de todo dia. Às vésperas de um novo LuluzinhaCamp (ops, vários…) e uma blogagem coletiva que será convocada nos encontros, nada como a gente compartilhar um pouco o que pensamos a respeito deste assunto.
Aninha
As mídias sociais vieram para fazer a diferença. Vivemos em um mundo onde jornais, rádios e TV´s são administradas por grupos políticos. A censura velada é a principal marca desses meios de comunicação de massa porque nem tudo é publicado na íntegra e as mídias sociais encontraram como uma das suas funções mostrar os bastidores. Eis uma mídia alternativa.
Elas também apresentaram a interatividade em um mundo onde todo mundo pode falar com todo mundo. Nas mídias sociais há um campo aberto para tudo sem que seja cobrado um real por aquele espaço. É um meio tão novo, mas que ainda não atingiu seu auge, pois novas mídias sociais estão sempre aparecendo e renovando os conceitos de comunicação. A desvantagem ainda é o anonimato que permite alguns crimes.
Mídia social é a mídia da sociedade do futuro. Onde todos somos iguais, todos temos voz e todos podemos juntos. Ela permite que nos encontremos e nos organizemos como nunca antes foi possível na história do mundo. Com ela, de verdade, será possível realizar as transformações sociais importantes que precisamos para mudar nosso bairro, nossa cidade, nosso país e nosso planeta. Ética, responsabilidade, trabalho e realização são as palavras que podemos imprimir neste cenário.Mas ainda assim, é só uma ferramenta, vai depender de quem usa e como usa.
Mídia Social é a informação feita por e para todos.
Redes sociais são compostas por pessoas que, neste caso, conversam entre si por meios digitais. A mídia social nos deu a oportunidade de falarmos diretamente com essas pessoas, sejam elas pessoas físicas ou pessoas jurídicas. Dada a velocidade da tecnologia, a cada momento temos mais e mais novas ferramentas de fala e de interação.
No Brasil, encontramos um comportamento extremo de early adopters, algo padrão que vem acontecendo em diversos países emergentes. Este, dentre outros fatores, acendeu o mercado corporativo. Se antigamente o ditado era “não está no Google, não existe”, hoje eu arrisco dizer que “não está em redes sociais, não existe”. Por isso, cabe aos profissionais brasileiros de mídias sociais garantir um bom uso das ferramentas, preservando o que elas têm de melhor: agilidade e transparência.
Mídia social é uma utopia que pode valer a pena para transformar o conceito de liberdade de expressão em prática. O lado ruim é que liberdade traz muito, mas muitooooooooo ruído e nem todos terão a chance de compartilhar os infinitos lados do conhecimento.
Mídia Social é o nosso outro plano de relacionamento. Através dela, vivemos, revivemos, aprendemos e crescemos. Tudo ao alcance da mão – ou de um clique, ou de um enter. É um avanço de praticidade que veio por fim à solidão e ao antissocial.
O mundo está se duplicando, sendo que uma cópia está indo para a rede social. Tudo que encontramos em nosso plano “real/físico” está tendo sua cópia na internet. Desde lojas, até livros, músicas, amigos.
Primeiro: rede social e mídia social são coisas diferentes. Redes socias são os espaços onde a mídia social acontece, assim como a TV, por exemplo, é onde acontece a mídia em forma de comerciais. O que diferencia a mídia social da mídia tradicional é que mídia social é conversação. É ouvir o consumidor e falar com ele.
É descobrir onde está seu cliente e ir até lá interagir com ele antes mesmo que ele comente sobre sua marca. É monitorar as conversações sobre sua marca e atuar sobre elas, ouvindo e respondendo. E é a mídia do futuro: conversações em redes sociais já ultrapassaram o email como ferramenta de informação.
O maior problema da mídia social atualmente é ser confundida com rede social. Claro que estar nas redes sociais ajuda e muito, mas a mídia social se caracteriza (ao meu ver) como qualquer meio que permita uma real bidirecionalidade da comunicação. O consumidor/usuário deixa de ser passivo da mídia, e passa a ser produtor do que se consome.
Outro problema no uso da rede para mídia social são empresas que não sabem lidar com críticas negativas. Certamente há os que exageram nas critícas, mas quando se está numa comunicação de mão-dupla tem que se preparar para ouvir os pontos negativos da sua empresa e melhorá-los. Um feedback de qualquer tipo tem que ser tratado, bom o ruim, e muitas organizações não sabem como fazê-lo.
As mídias sociais representam o início do fim da propaganda como conhecemos. Quem sabe o fim do enfadonho marketing de interrupção? E se pensarmos bem, isso pode ser apenas o começo de algo muito mais grandioso. Pois as mídias sociais têm como base o diálogo. Elas dão a liberdade ao usuário para dar suas opiniões e sugestões, dividir experiências, interagir com as empresas e não apenas consumir um produto ou serviço. Logo, as mídias sociais significam mais atividade, liberdade, voz e poder às pessoas.
Muitas empresas ainda não acreditam no poder das mídias sociais, mas a verdade é que elas podem levá-las à glória ou à falência. Por isso, devem planejar e fazer bom uso das mesmas e tê-las como suas grandes aliadas.
Um ponto que eu acho importante ser debatido é o motivo das empresas não lidarem bem com mídias sociais. Não acho que seja somente por ser algo novo. Ou, pelo menos, não acho que seja tão difícil as empresas aprenderem a usar por ser novo e ainda pouco explorado. O que é novo pras empresas é ouvir o consumidor – e eu acho que é por isso que torcem tanto o nariz, que evitam, que fogem.
Sempre que surgem coisas novas, apesar dos temores iniciais, as empresas acabam experimentando mais rápido e com mais boa vontade, mas com as mídias sociais eu acho que há mais resistência porque, no fundo, eles não querem ouvir o que as pessoas têm a dizer sobre suas marcas. Vide o caso do Boteco São Bento: a resenha pode ter sido agressiva, mas o Boteco jamais poderia ter agido daquela forma, ficou parecendo “raivinha porque falaram mal de mim”.
IMHO (em minha humilde opinião), as mudanças necessárias são muito mais profundas: de cultura, de visão. Vejamos a Xuxa: é uma pessoa, mas também é uma marca, uma imagem – e a reação dela demonstra o que as empresas sentem quando finalmente o consumidor consegue falar o que pensa com toda sinceridade.
Antes das mídias sociais, o que tínhamos? Ouvidorias? Centrais de atendimento? E desde quando adianta alguma coisa reclamar nesses meios? Nunca funcionou bem mesmo sendo um espaço criado pela empresa – jogada de mkt pra tentar parecer querer ouvir o consumidor -, que dirá agora onde é num espaço onde não é a empresa que dita as regras.
Acho sim que as mídias sociais são o futuro, não só da comunicação mas também do bom atendimento. O problema é que, pra chegarmos a esse cenário ideal, as empresas precisam aprender a ouvir de verdade, a realmente prestar atenção no que o consumidor diz. Ter um canal pras pessoas se expressarem é uma coisa, mas acolher e valorizar as críticas são outros 500.